Um jacaré morreu após a lagoa onde ele vivia praticamente secar. A carcaça do animal ainda está na área, que pertence a uma construtora, no Parque dos Poderes, em Campo Grande (MS).
Além da impressão de abandono, a falta de conservação tomou conta do local. Ao lado da carcaça do jacaré há uma garrafa pet, e por perto outras embalagens espalhadas onde antes havia água.
De acordo com o funcionário da empresa à qual pertence a área, Sebastião Alves, de 52 anos, o animal vivia ‘escondido pelos matos’. “Quando soubemos que ele tinha morrido, já tinha só a carcaça”, afirma.
Ele garante que a lagoa onde o jacaré vivia é abastecida apenas com a água da chuva, e que não há seque córrego nas proximidades. “Ninguém sabe nem de onde ele veio”, completa.
Entretanto, o coordenador do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), Vinícius Lopes, garante que o local é uma nascente do córrego Desbarrancado.
Segundo o coordenador, um dos biólogos do Cras fez pesquisa recente sobre os peixes do Parque dos Poderes e detectou que o local estava abastecido de várias espécies. Por isso, não houve preocupação com o jacaré.
Ele afirmou ainda que se tivesse conhecimento da situação de perigo do animal, teria tomado providências.
“O procedimento padrão quando animal está na natureza é não interferir. Até o momento, a gente pensava que ele tinha acesso a água e a peixes. Não sabíamos da morte dele”, afirmou.
Questionado sobre o fato da água ter secado, ocasionando a morte do animal, ele não soube explicar, mas levantou uma hipótese: a interferência das obras de um condomínio nas proximidades.
A PMA (Polícia Militar Ambiental) também não alega não ter sido comunicada da morte do animal. Informado do fato, o comandante major Carlos Sebastião Matoso Braga chegou a perguntar se ele havia sido atropelado.
O proprietário da área foi procurado para esclarecer o motivo da morte do animal, mas não pôde atender à equipe de reportagem.
A empresa ficou de retornar com uma resposta dele, entretanto não se manifestou até a publicação desta matéria.
Fonte: Campo Grande News