Em janeiro, 28 jabutis do Projeto Refauna foram soltos dentro do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Os animais, que passaram seis meses contidos em um cercado para se aclimatar, foram numerados, equipados com radiotransmissores e este mês também serão monitorados por equipes do Refauna para acompanhar para onde vão se mover.
Até o momento, o monitoramento dos 28 jabutis apontou que eles estão bem e que já começam a se dispersar pela floresta. Uma fêmea, Rubi, já se afastou mais um quilômetro da região de soltura, ocupando novas áreas da Tijuca.
Os biólogos querem associar os dados de comportamento que obtiveram dos animais durante o período que eles estiveram no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), Rio de Janeiro, com os dados de movimento e sobrevivência dos animais no parque.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), isso ajudará a entender como as personalidades dos jabutis afetam o processo de reintrodução, o que pode ser valioso para novas reintroduções.
O Projeto Refauna tem como um de seus objetivos reintroduzir espécies de animais que foram extintas do Parque Nacional da Tijuca. A iniciativa, que envolve a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) teve início em 2010 com a reintrodução de cutias (Dasyprocta leporina).
O projeto não quer apenas reconstruir a fauna de uma floresta vazia, mas também as interações ecológicas que foram perdidas junto com esses animais. Até o momento, já foram devolvidos cutias e bugios no parque, e agora, em 2020, é a vez de um réptil retornar à floresta.
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