Batizado de ‘Vovó’, o jabuti fêmea com idade estimada em 50 anos, iniciará em junho tratamento medicinal baseado no método da acupuntura. O quelônio, deixado há 7 anos por ribeirinhos no Parque Zoobotânico Municipal de Macapá, tem paralisia nas patas dianteiras e traseiras e será submetido ao procedimento chinês após 6 meses de fisioterapia experimental.
Segundo a veterinária Bethina Schreibl, responsável pelo acompanhamento fisioterapêutico do animal, desde janeiro de 2014, o jabuti tem apresentado avanços com a fisioterapia. Ela acredita que os resultados se tornarão mais evidentes com a realização da acupuntura.
“Ainda não há pesquisa que comprove os reais resultados do método. Contudo, depois que ela iniciou o tratamento, ela começou a mexer as patas traseiras, o que surpreendeu a todos. Agora, com a inserção das agulhas ela deve ter uma reação melhor”, disse a veterinária, que aprendeu sobre o método em um congresso realizado pela Associação Brasileira de Animais Silvestres, em Salvador, na Bahia.
Schreibl conta que o jabuti tem uma alimentação balanceada que a deixa resistente durante o tratamento. Uma vez por semana, a ‘Vovó’ passa por sessão de fisioterapia que também a prepara para o tratamento medicinal chinês. A previsão da veterinária é de que o animal volte a andar em no máximo 10 anos. “É um tratamento demorado e minucioso, mais que vale muito a pena para melhorar a qualidade de vida dela”, frisou.
O jabuti pesa 16 quilos e tem 20 centímetros de comprimento. A bióloga Patrícia Fonseca conta que o quelônio é querido por todos os funcionários do parque zoobotânico. Patrícia diz que o animal chegou debilitado no local e com várias partes do casco inferior quebradas.
“Quando ela chegou ao parque pensávamos até que era um macho, mas depois de uma análise de veterinários descobrimos que é uma fêmea. Virou nossa vovozinha daqui, que recebe todos os ‘mimos’”, brincou a bióloga.
Fonte: G1