Por Natalia Cesana (da Redação)
Pela primeira vez, um tribunal italiano condenou o proprietário de um laboratório que realizava experimentações com animais, além de maltratá-los e depois matá-los. O caso ocorreu em Modena, norte da Itália, e o procedimento penal contra a empresa surgiu após intervenção da Liga Antivivissecção (LAV), em janeiro de 2011. Na ação, todos os animais, mais de 100 entre ratos, coelhos e hamsters, foram apreendidos, informou o jornal italiano La Stampa.
O dono do laboratório, que fez mais de 1.300 experimentos de biocompatibilidade e testou 566 tipologias de produtos médicos, foi condenado a quatro meses de reclusão.
“Trata-se de um crime muito grave, seja pelo sofrimento infligido aos animais. Por isso queríamos uma pena mais severa. De qualquer modo, esta condenação é importante porque é a primeira na Itália e também porque confirma que a legislação penal referente a maus-tratos vale para todos os animais, inclusive neste caso dos experimentos”, afirma o representante da LAV.
Nota da Redação: Esta punição representa apenas os primeiros passos em direção a uma proibição definitiva dessa cadeia de horror que é usar animais para experimentação. Por enquanto, milhões de animais continuam a sofrem nos muitos laboratórios que funcionam ‘dentro das leis’. Mesmo com recursos tecnológicos, que dispensam o uso de animais, à disposição para estudos científicos, a ciência, de uma forma geral, ainda permanece retrógrada. Já é tempo de evoluirmos para uma sociedade que valoriza a vida, acima de tudo.