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Israel pode ser o primeiro país a adotar proibição de peles quase total

19 de março de 2010
2 min. de leitura
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Por Lobo Pasolini (da Redação)

No mês passado noticiamos sobre um projeto de lei em Israel, que visa proibir o comércio de peles naquele país. O projeto abriria exceção apenas para o ‘shtreimel’, que é um tipo de chapéu de pele usado pela comunidade religiosa hareidi.

O projeto foi aprovado no dia 7 de fevereiro pelo Comitê Ministerial da Lei e foi proposto por Ronit Tirosh, membro do partido Kadima Knesset. A lei atual cobre apenas peles de cães e gatos, mas o ministro da agricultura Shalom Simchon apoiou a inclusão de todo tipo de pele, como prevê a nova lei. Se o projeto for aprovado, Israel será o primeiro país do mundo a adotar uma proibição de peles quase total. Vale ressaltar que pele de bovinos (couro) não é incluída no projeto, assim como lã de carneiros e pelo de camelo e caprinos.



Fonte: CNN


Esta semana o projeto de lei esteve novamente nos noticiários, porque na semana passada ele foi revisado pelo comitê de educação do Knesset (parlamento israelita) em preparação para uma segunda e terceira leitura. A expectativa é de que a votação aconteça após o recesso de dois meses do Knesset.

Tirosh se diz otimista, apesar do lobby da indústria de peles, que sabe que, apesar de Israel ser um mercado pequeno devido ao clima quente, a medida mandará uma mensagem forte para o resto do mundo. Noventa e cinco por cento dos produtos têxteis do país, os quais incluem peles, são importados da China. Se aprovada, a lei pode estabelecer um precedente em outros países.

“Nós temos muito apoio para a lei”, disse à CNN Jane Halevey, diretora da International Anti-Fur Coalition. “A lei foi validada pelo governo – eles a aprovaram.” Ela diz que em Israel, quando um projeto é validado pelo governo, é muito provável que ele se torne lei. “Há muito apoio público em Israel. Todo mundo odeia peles lá”, disse Halevey.

“Ao proibir o comércio de peles, Israel estaria tomando uma liderança moral e mostrando o que pode ser feito”, escreveu o ex-Beatle Paul McCartney em seu website.

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