Uma luta de anos de ativistas do bem-estar animal para impedir a fome deliberada de galinhas poedeiras chegou ao fim com sucesso na semana passada com a entrada em vigor de novas regulamentações governamentais.
Deixar galinhas famintas, uma prática já proibida na União Europeia, no Reino Unido, nos EUA, na Austrália e na Nova Zelândia, tem sido usada para acelerar o período de muda natural, durante o qual as aves põem menos ovos do que o normal, causando uma queda nos lucros. Não fornecer alimento às galinhas por oito a 12 dias e reduzir a luz do dia nos galinheiros encurta o período de muda de três meses para um.
Os novos regulamentos do governo israelense preveem uma pena de seis meses de prisão para qualquer pessoa flagrada infringindo a lei.
A organização sem fins lucrativos Animals Now, que vem lutando contra a prática há mais de uma década, disse que a “prática cruel” cruzou todas as linhas vermelhas e pediu uma transição rápida de gaiolas lotadas para galinheiros sem gaiolas, como os de países avançados.
Uma decisão do governo sobre a proibição de gaiolas foi adiada devido à guerra em andamento entre Israel e o Hamas.
Cerca de 10 milhões de galinhas põem ovos em Israel, e cerca de 90% delas vivem atualmente em gaiolas apertadas, de um modelo proibido em 39 outros países, de acordo com a Animals Now.
Fonte: Jus Animalis
Nota da Redação: Apesar da melhoria nas condições em que as galinhas são tratadas com o novo regulamento em Israel, é importante ressaltar que a produção de ovos em si ainda é muito cruel. Abolir completamente a produção de ovos poderia ser um passo crucial para garantir o respeito integral aos direitos animais.