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Investigação do The Guardian revela horrores da indústria de frangos para consumo humano

11 de agosto de 2014
3 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: PETA
Foto: PETA

Uma investigação secreta de cinco meses feita pelo The Guardian foi publicada no final do mês passado, revelando alguns dos segredos mais obscuros da indústria de produção de frangos no Reino Unido. As informações são da ONG PETA (People for the Ethical Treatment of Animals).
A investigação centrou-se em instalações de processamento de carne que são fornecedoras de alguns dos maiores supermercados do Reino Unido, incluindo Tesco, M&S e Asda. Constatou-se que dois terços dos frangos vendidos no varejo no Reino Unido estavam contaminados com Campylobacter, uma causa potencialmente mortal de intoxicação alimentar. No Reino Unido, estima-se que cerca de 280 mil pessoas por ano adoecem de infecções causadas por Campylobacter (80% desses casos têm origem na ingestão de frangos).
Algumas das imagens e vídeos obtidos a partir da investigação – que mostra montanhas de vísceras de animais empilhadas no chão da fábrica, cheias de sangue, correias transportadoras amontoadas de fezes revestidas de penas e máquinas imundas – certamente devem fazer com que muitas pessoas deixem de comer carne.
Mas as conclusões do inquérito não foram apenas perturbadoras do ponto de vista da higiene. Elas também fornecem uma visão assustadora de como as aves são tratadas e mortas antes de acabarem despedaçadas em um chão sujo de fábrica. Segue abaixo alguns dos fatos perturbadores.
Na fazenda
Nas fazendas industriais de grande escala, são criados cerca de 40 mil frangos por vez no que se chama de “culturas”.
As aves geralmente atingem o peso de “abate” (cerca de 1,8 kg) em apenas 42 dias.
As fazendas abarrotam tantos animais quanto possível em grandes galpões, com pouca iluminação. O The Guardian escreve:
“Para maximizar o retorno sobre o capital investido no espaço, é comum a prática de superlotar galpões com filhotes no início do ciclo e, em seguida, enviar equipes de coletores para tirar algumas aves para que o resto das galinhas tenham apenas o espaço suficiente para atender às regulamentações sobre densidades de estocagem, na medida em que crescem até o peso de abate”.
De acordo com a reportagem, esta prática de retirar parte das aves leva à disseminação da bactéria, pois os animais assustados entram em pânico e defecam sempre que os funcionários entram nos galpões lotados.
A jornada para a morte
As galinhas são embaladas em caixas que são empilhadas umas sobre as outras em caminhões, e levadas para o matadouro. As fezes caem através das aberturas das caixas, em cima dos pássaros que estão na parte inferior.
O transporte é muito traumatizante para os animais e pode durar horas. Às vezes eles são até mesmo deixados nas caixas durante noites inteiras.
No Matadouro
Nas “linhas de produção” dos matadouros, os pássaros são presos e pendurados de cabeça para baixo por seus pés em uma esteira rolante que os transporta para a morte e desmembramento.
Depois de terem sido mortos, pinças mecânicas retiram as suas penas e punhos de metal automatizados retiram as suas entranhas, antes de suas partes do corpo serem embaladas para o supermercado.
Grandes matadouros normalmente executam entre 185 e 195 aves por minuto – matando cerca de 12 mil animais por hora. Em toda a Grã-Bretanha, 17 milhões de frangos são “abatidos” a cada semana.
Galinhas são animais sensíveis com personalidades únicas. Como os humanos, elas sofrem, necessitam tomar sol, vivem em sociedades complexas e fazem sacrifícios para proteger seus filhos – ou seja, quando têm a chance. Em explorações intensivas, elas nunca têm a oportunidade de expressar qualquer um  destes comportamentos naturais. Tudo o que conhecem é sofrimento e terror.
Por favor, faça a sua parte para acabar com o sofrimento destes animais abusados, deixando definitivamente de comer frango e consumir ovos. Assim, você também pode evitar um sórdido caso de intoxicação alimentar, ao mesmo tempo.

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