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Investigação secreta revela morte em massa e abuso por trás das corridas de cavalos

23 de outubro de 2019
4 min. de leitura
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Foto: ABC News
Foto: ABC News

A indústria de corridas de cavalos é uma das mais cruéis formas de exploração de animais já registradas. Cavalos são submetidos a métodos de criação dolorosos para que possam ganhar mais velocidade nas pistas onde muitas vezes são vítimas de acidentes fatais ou que deixam sequelas permanentes. Tudo pelo entretenimento e ambição humanas.

Mas o sofrimento desses animais não termina com a aposentadoria. Recentemente, foi revelado pela mídia australiana que um treinador de cavalos “campeão” no país acusado de crueldade com os animais, falou sobre a realidade sombria por trás do glamour do “esporte”.

Protesto contra corridas em frente ao matadouro de cavalos | Foto: ABC News
Protesto contra corridas em frente ao matadouro de cavalos | Foto: ABC News

Os cavalos da indústria são criados de forma artificial para ter certas “formas corporais” (como tornozelos mais finos) que lhes permitem adquirir mais velocidade, mas que não são saudáveis para eles. Eles recebem medicamentos para melhorar o desempenho e são forçados a se submeter a procedimentos cruéis, como o “soring” (prática que consiste em causar dor intencional nas pernas e nos cascos de cavalos para que toquem menos o chão e assim melhorem seu desempenho). Então, quando deixam de ser úteis ou lucrativos são enviadas para serem mortos em matadouros.

O site de notícias australiano ABC realizou uma investigação secreta para descobrir a verdade sobre a morte de cavalos que não podiam mais participar das corridas. O que eles descobriram em um matadouro australiano foi considerado pela equipe algo absolutamente devastador, com potencial para abalar totalmente a indústria das corridas de cavalos.

Foto: ABC News
Foto: ABC News

“A visão obtida pela ABC também mostra funcionários de matadouros maltratando animais antes de serem mortos. As câmeras secretas registram cavalos sendo espancados e abusados, recebendo pancadas na cabeça repetidas vezes e mortos de forma cruel e lenta. Outros são chutados e sofrem choques elétricos enquanto estão confinados na ‘caixa de morte’ (local onde os animais são imobilizados para não poderem se mexer ou fugir durante o golpe fatal). Um trabalhador pode ser visto batendo repetidamente um portão de ferro em um grupo de cavalos, enquanto outro acerta os animais com uma mangueira”, publicou a rede de notícias.

Contrariando diretamente as informações dos líderes da indústria de corridas de cavalos que afirmam não enviar cavalos para matadouros, a ABC descobriu que “cerca de 300 cavalos de corrida passaram por um matadouro chamado Maramist em apenas 22 dias”.

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Em uma reviravolta repugnante que envolve duas indústrias cruéis de corridas de animais, a investigação também confirmou que, enquanto parte da carne dos cavalos mortos em matadouros era vendida para consumo humano, a Luddenham Pet Meat fornece carne de cavalo picada para a indústria de corridas de galgos.

As datas de grandes eventos de corrida de cavalos estão chegando na Austrália, como a Melbourne Cup e o Everest, onde será possível observar o impacto da investigação, e os desenvolvimentos associados a ela, sobre a indústria das corridas e se a repercussão do assunto já está produzindo resultados positivos. De acordo com a ABC, “o ministro da Agricultura ordenou que oficiais de biossegurança investigassem as denúncias de crueldade contra animais no matadouro Meramist”.

Para se manifestar contra os horrores da indústria de corridas de cavalos, assine esta petição exigindo o fim das corridas de cavalos na Austrália!

Foto: ABC News
Foto: ABC News

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