Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
A realidade do comércio de carne de cachorro é algo que a maioria dos amantes de cães possui muita dificuldade de digerir. Os cães são vistos como companheiros amados e dignos de confiança e a ideia de que qualquer pessoa poderia torturar ou matar um filhote de cachorro é absolutamente repugnante.
Com a repercussão do Festival de Carne de Cachorro de Yulin, na China, e do início do Bok-Nal na Coreia do Sul, muitas organizações e indivíduos têm tentado conscientizar as pessoas sobre a prática de comer carne de cachorro e ajudar tornar esse comércio ilegal ou proibi-lo, informa o One Green Planet.
Infelizmente, como mostra uma recente investigação secreta feita pela Humane Society International (HSI), só porque a carne de cachorro é proibida em determinados lugares, isso nem sempre significa que o comércio não existe mais.
Nagaland está localizada na região nordeste da Índia e faz fronteira com Myanmar. Embora o comércio de carne de cachorro seja ilegal no país, a HSI descobriu que existe um próspero comércio nesta área.
Os investigadores testemunharam imagens horríveis de cães embalados em saco nos mercados locais em Kohima e Dimapur, em um flagrante desafio à lei em mercados locais.
Muitos dos cães ou tinham suas bocas costuradas ou foram amordaçados com cordas apertadas.
“Durante o transporte e a exibição nos mercados, eles não podem se movimentar, não recebem comida ou água, antes de finalmente serem espancados até a morte”, disse a HSI.
Estes cães acabam suas vidas curtas e aterrorizantes em “poços da morte”, onde são espancados até falecerem na frente de outros cães. Segundo os investigadores, a maioria dos cães foi agredida várias vezes antes de morrer.
O diretor da HSI da Índia, N. G Jayasimha, que testemunhou cenas de assassinato, disse em um comunicado de imprensa, “vejo sofrimento animal todos os dias porque faz parte de meu trabalho na Humane Society International, mas o comércio brutal de cães em Nagaland é um dos mais desumanos com os animais que eu já observei e ele ainda me assombra”.
“O poço subterrâneo em Kohima, onde filmamos foi como um pesadelo. Era claro para mim que muitos dos cães eram animais domésticos que foram roubados e ainda usavam coleiras. Entretanto, independentemente de serem cães desabrigados ou domésticos, nenhum desses animais deveria ter que suportar tanta crueldade”, completou.
Estima-se que 30 mil cães, entre animais desabrigados e domésticos, sejam submetidos a esta experiência horrível a cada ano.
Para combater essa realidade devastadora, a HSI lançou uma campanha para que o governo da Índia e o ministro-chefe de Nagaland proíbam este comércio e também criou uma petição online, exigindo que o governo aja com urgência.