Imagens secretas de um matadouro de Sydney, na Austrália, foram divulgadas em meio a um esforço conjunto de autoridades do NSW (New South Wales) e do governo federal australiano para colocar os ativistas denunciantes atrás das grades.
A nova filmagem foi feita em uma câmera escondida por um estudante universitário em um matadouro em Sydney.
O grupo de defesa dos animais Aussie Farms divulgou o vídeo com imagens fortes, de 25 minutos, mostrando porcos e cabras sendo forçados a entrar nas câmaras de gás de dióxido de carbono.
Também é mostrado um porco sendo baleado pelo menos oito vezes, e os trabalhadores parecem torcer as caudas das vacas para forçá-las a entrar na “Knockbox” uma verdadeira “caixa da morte”, um compartimento apertado (para que a vaca não possa se movimentar, retroceder ou desviar do tiro), com paredes de concreto e uma janela onde os animais são atingidos com uma bala de revolver entre os olhos.
Imagens fortes:
“Esta é uma das imagens mais condenatórias que eu já vi, e ainda é completamente legal”, disseram o diretor executivo da Aussie Farms e também diretor do documentário Dominion, Chris Delforce.
“Embora haja uma ofensa geral à crueldade animal na Lei de Prevenção à Crueldade contra Animais no país, fazendas e matadouros estão isentos disso se seguirem os códigos básicos de prática que legalizam efetivamente a crueldade com a qual os cidadãos comuns não seriam capazes de se safar” disse ele.
“A morte de animais para alimentação humana é algo deplorável além de completamente desnecessário”, adicionou o ativista e cineasta.
“Se eles quiserem introduzir leis contra a indústria para abafar a exposição de instalações de agricultura animal, terão que começar a ser honestos”, disse ele. Delforce disse que, mesmo que uma empresa se envolva em crueldade não permitida pelos códigos de prática, a penalidade máxima é de 27 mil dólares.
O governo condenou ativistas militantes que invadiram fazendas ou matadouros para expor a crueldade ao pagamento de multas de até 220 mil dólares e agora estão tentando acrescentar penas de prisão de até três anos.
“É quase incompreensível que o ato de pular uma cerca para apenas filmar o abuso de animais seja considerado pior do que cometê-lo”, disse Delforce.
“No entanto, essas novas imagens foram obtidas sem invasão de propriedade e sem violação de nenhum protocolo de biossegurança”.
“Parem de se esconder atrás dessas cortinas de fumaça, caso contrário, os ativistas continuarão a encontrar maneiras de mostrar ao público a realidade do que lhes dizem que as empresas chamam de ‘humano’ e ‘ético’.”, disse Delforce.
O Daily Mail Austrália, fonte da reportagem original, entrou em contato com o matadouro para comentar mas não obteve resposta.