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Investigação revela que cabras são torturadas e morrem de inanição em fazenda de laticínios

23 de julho de 2017
3 min. de leitura
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Sofrimento de cabra
Foto: PETA

O público não deve se deixar ludibriar com etiquetas como “orgânico”, “criado humanamente” e “ao ar livre” que jamais protegem os animais do sofrimento extremo.

Depois de receber uma denúncia, os ativistas visitaram a propriedade diversas vezes e recolheram evidências de abuso e negligência contínuos.

Os trabalhadores obrigaram as cabras apavoradas a ir para a sala de ordenha espancando-as com varas ou com as próprias mãos.

Quando elas tentavam fugir, eles as puxavam por seus chifres ou pernas, colocando-as de volta na posição inicial e as espancavam novamente. Elas eram reunidas na sala de ordenha duas vezes por dia e esses ataques violentos parecem ser o procedimento operacional padrão.

Doentes e morrendo de inanição

As cabras também sofriam fora do local de ordenha. Centenas eram levadas para um enorme galpão, onde eram privadas de medicamentos e cuidados veterinários adequados até mesmo quando estavam doentes ou lesionadas.

A testemunha ocular  da PETA observou muitos animais extremamente magros com costelas e ossos do quadril claramente protuberantes, claudicação, feridas abertas, cascos deformados e problemas respiratórias. A diarreia também era comum, aparentemente como resultado de receberem alimentados estragados frequentemente.

Nestas condições terríveis, muitos animais, incluindo filhotes, morreram diariamente.

Em vez de terem seus corpos removidos por uma empresa de descarte, conforme exigido por lei (o que poderia gerar perguntas sobre a alta taxa de mortalidade), a fazenda simplesmente jogou seus cadáveres atrás de um galpão como se fossem lixo e os cobriu com uma lona.

Gravidez forçada e sequestro

Como as vacas em fazendas de laticínios, as cabras devem ser engravidadas repetidamente para produzir leite, e pouco depois do nascimento, seus amados bebês são arrancados delas.

Os machos são criados por sua carne e assassinados com apenas alguns meses de vida. As fêmeas são regularmente condenadas ao mesmo destino cruel de suas mães: uma vida gravidezes forçadas, separação de seus bebês e espancamentos, seguida de uma morte brutal quando a produção de leite diminui.

A PETA da Alemanha apresentou uma queixa contra os proprietários da fazenda exigindo que eles fossem proibidos de manter animais.

Corpos dos animais
Foto: PETA

Os dois funcionários que abusaram de cabras foram demitidos. Os ativistas também pressionaram para que o Instituto Veterinário que inspecionou a fazenda seja responsabilizado por sua negligência sobre o abuso que presenciou.

No momento da investigação, a fazenda era certificada como orgânica sob o rótulo alemão da Bioland. Posteriormente, a Bioland removeu o selo de aprovação dos produtos produzidos pelo local, mas muitos dos abusos revelados são práticas comuns em fazendas em todo o mundo.

Campanhas publicitárias com rótulos como “ao ar livre”  e “orgânico” induzem os consumidores ao erro e não significam nada quando se trata da forma como os animais são tratados.

Em uma fazenda da Pensilvânia (EUA) que é uma das fornecedoras da Whole Foods e que afirmava criar porcos “humanamente”, a PETA descobriu porcos doentes e feridos, sofrendo de prolapsos retais, sendo espancados, além de outras formas de abuso. Existe apenas um rótulo verdadeiramente humano: “vegano”.

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