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Investigação revela as terríveis condições dos animais explorados pela indústria de entretenimento

16 de janeiro de 2017
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: PETA
Foto: PETA

A empresa Birds & Animals Unlimited (BAU) é responsável por fornecer animais para serem explorados em filmes, programas de televisão e propagandas. Alguns deles incluem “Harry Potter”, “The Hangover”, “Marley e Me”, “Game of Thrones” e “Piratas do Caribe”.

Uma testemunha ocular que trabalhou na BAU documentou a negligência crônica dos animais, incluindo cuidados veterinários inadequados para aqueles que estão doentes e feridos.

Também foram revelados recintos imundos e privação de alimentos, uma técnica usada para forçar animais famintos a realizar truques.

Como o vídeo revela, as vítimas da BAU foram rotineiramente deixadas sem cuidados básicos. Os cães, incluindo um que um dos funcionários disse que foi usado no filme “Hotel for Dogs”, foram mantidos em ambientes externos e sem camas mesmo quando as temperaturas caíram para cerca de seis graus.

Uma coruja chamada Crash, que a equipe informou ter sido usada nos filmes de “Harry Potter”, foi mantida em um recinto repleto de fezes que não era limpo há pelo menos seis semanas.

Já os pinguins que foram forçados a participar do filme “Batman Returns” não receberam água potável. Sua única fonte de água era uma inadequada piscina pequena com cloro.

Foto: PETA
Foto: PETA

Os animais também sofreram com a ausência de cuidados veterinários adequados. Uma porca de 12 anos chamada Miss Piggy, abusada ainda filhote no filme “College Road Trip”, tinha persistentes feridas sangrentas na lateral de seu corpo.

A gerente do local disse à testemunha que ela estava sofrendo de melanoma. Nenhum veterinário foi chamado para tratá-la.
Punky, um porco com cascos excessivamente crescidos, passou quase duas semanas sem aparamento corretivo depois que a testemunha ocular apontou sua condição.

O aparador – um leigo, não um veterinário – disse à gerente que Punky tinha artrite, mas o porco não recebeu medicação para alívio da dor ou para a sua condição e, segundo o conhecimento do informante, não foi examinado por um veterinário.

O sigilo sobre as técnicas de treinamento parecia ser uma prioridade para a BAU. A maioria das sessões ocorreu em um edifício restrito aos adestradores.

Foto: PETA
Foto: PETA

Porém, depois de aparentemente ter recebido uma queixa sobre cães muito magros, um agente da polícia local inspecionou a instalação e a gerente entrou em pânico quando ouviu falar sobre isso, pois “muita informação estava sendo dada”. Ela temia que o relatório do policial fosse visto pelo público porque é quando a “PETA se envolve.”

A BAU é conhecida por não fornecer aos animais os requisitos mínimos estabelecidos pela Lei Federal de Bem-Estar Animal (AWA) e tem sido repetidamente citada pelo USDA por não oferecer cuidados veterinários adequados, deixar de proteger os animais e falhar em armazenar alimentos adequadamente.

A empresa também foi advertida por não fornecer um ambiente enriquecido aos primatas, não satisfazer as exigências mínimas de espaço e manter gaiolas imundas e com mau cheiro. A PETA prestou uma queixa ao USDA alegando várias violações da companhia.

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