Os ativistas investigaram um dos cerca de 200 matadouros no país que têm autorização para matar animais sem realizar o atordoamento, uma prática cruel infligida todos os anos contra centenas de milhares de seres inocentes.
As câmeras escondidas revelaram como os trabalhadores quebram sistematicamente muitos regulamentos de saúde e higiene e, o mais agravante, ignoram todos os padrões existentes da indústria.
Os cordeiros sofrem torturas físicas e psicológicas e todos são mortos enquanto ainda estão conscientes. Os funcionários utilizam ar comprimido para arrancar a pele dos músculos enquanto os cordeiros estão conscientes.
Os animais também são chutados e pisoteados, além de serem são empurrados, sendo que alguns são arrastados pelo rabo.
Matar animais sem atordoamento ainda é permitido por uma regulamentação europeia, que permite isso no caso de mortes em rituais religiosos. Porém, os matadouros geralmente se aproveitam dessa diretriz, causando ainda mais sofrimento às suas vítimas.
Este comportamento é incentivado pela ausência de controles rigorosos e pela ausência de consequências legais para aqueles que abusam de animais. Até o momento, apenas algumas multas foram emitidas devido a essa legislação, informou a Animal Equality em seu site.
A organização tem pressionado o Parlamento italiano para que a instalação de câmeras seja obrigatória em todos os matadouros.
Matteo Cupi, diretor-executivo da Animal Equality Italia, declarou: “Mesmo em matadouros que operam de acordo com os regulamentos, os animais têm medo e sofrem além da imaginação. Em uma sociedade civil como a nossa, é inadmissível que não exista uma lei que puna as pessoas que prejudicam os animais desnecessariamente e propositalmente. É o momento de acabar com isso”.