Uma recente investigação conduzida pela ONG Lady Freethinker (LFT) em colaboração com Paws of China expôs práticas crueis predominantes em fazendas de peles na China. O relatório mostra o tratamento de raposas e de cães-guaxinim, que são submetidos a um sofrimento inimaginável antes de enfrentarem mortes violentas e agonizantes em nome da moda.

A investigação, realizada nas províncias de Hebei e Jilin, na China, revelou cenas aterrorizantes de crueldade. Os investigadores testemunharam as condições terríveis em que milhares de animais passam. Raposas e cães-guaxinim foram vistos amontoados em pequenas gaiolas de arame. Raposas sem pele piscavam e moviam as mandíbulas por minutos após serem brutalmente separadas de suas peles. Além disso, montes de carcaças ensanguentadas estavam espalhados pelo chão. Trabalhadores utilizavam varas de metal para movimentar os animais.

Nina Jackel, fundadora e presidente da Lady Freethinker, não economizou palavras ao condenar tal barbárie. “Com tantas alternativas estilosas, duradouras e quentes, não há absolutamente nenhuma justificativa para torturar e matar animais pela moda”, declarou, instando os varejistas a cessarem imediatamente a venda de peles. Ela também implorou para que o público pare de usar peles de animais.

A dura realidade exposta por esta investigação é um lembrete das implicações globais da indústria de fazendas de peles. Embora a China seja a maior produtora de peles de animais, seus produtos são exportados para todo o mundo, incluindo os Estados Unidos.

As revelações desta investigação destacam a necessidade urgente de uma mudança sistêmica dentro da indústria da moda. Os consumidores devem rejeitar produtos provenientes dessa crueldade e exigir alternativas obtidas de forma ética.