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Investigação expõe crueldade do comércio de carne de cães e gatos na Indonésia

8 de setembro de 2018
4 min. de leitura
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Em algumas partes do país do Sudeste Asiático, pessoas consomem carne de gatos e cachorros. Infelizmente, a prática existente é cruel e traz muito sofrimento para esses animais.

Um vídeo gravado na Indonésia relata a verdade crua e horrível de como esses animais são tratados. A filmagem mostra gatinhos assados ​​à venda e comerciantes espancando animais até a morte.

Cachorros são colocados em pequenas jaulas e pode-se ouvir o choro deles (Foto: Humane Society International)
Gatos desesperados também são mortos e feitos de churrasco (Foto: Humane Society International)

Eles expõem os animais mortos em um mercado de Tomohon, uma cidade na província de Sulawesi do Norte. O país tem enfrentado a pressão de grupos de defesa dos direitos animais para acabar com essa atividade.

Vídeos feitos por ativistas mostram cães, alguns já com feridas na cabeça, se encolhendo em jaulas enquanto os trabalhadores puxam os animais em desespero para fora e batem suas cabeças em bastões de madeira. Visitantes do mercado, alguns com crianças, assistem.

Comerciantes puxam cães das gaiolas e batem em suas cabeças, matando o animal (Foto: Humane Society International)

Os pelos dos animais são retirados com maçaricos em preparação para a sua morte e a venda.

Ativistas horrorizados que estão lutando para acabar com a indústria bárbara alegam que alguns dos animais ainda estavam vivos quando foram atingidos por chamas.

Instituições de caridade dizem que funcionários do prefeito de Tomohon se comprometeram a encerrar a venda de carne de cães e gatos no mercado em fevereiro. No mês passado, a Indonésia disse que também estava preparando um regulamento para proibir o comércio de carne derivada de gatos, cachorros e animais exóticos.

Gatos mortos e assados são dispostos no mercado de Tomohon (Foto: Humane Society International)

Comércio sangrento e perigoso

A coalizão Dog Meat-Free Indonesia (DMFI) é composta por entidades beneficentes em defesa dos direitos animais, incluindo a Humane Society International. Eles pediram ao governo indonésio que mantenha sua promessa de proibir esse comércio.

Lola Webber, da DMFI, disse sobre as filmagens: “Foi a mais horrível crueldade que testemunhamos até agora em nossa campanha para acabar com esse comércio hediondo, e tudo foi feito à vista de crianças muito pequenas”.

Os assassinatos são feitos na frente de crianças (Foto: Humane Society International)

“Ao final de nossas filmagens, fomos todos respingados com sangue e matéria cerebral por causa da agressão, mostrando como seria fácil para os clientes e turistas se infectarem com doenças como a raiva. De fato, dois de nossa equipe estavam extremamente doentes após a visita ao mercado”.

“Estamos realmente agradecidos pelo fato de que a crueldade e os terríveis riscos para a saúde humana desse comércio aterrador foram publicamente reconhecidos pelo governo indonésio. Mas nossas últimas evidências mostram claramente que a necessidade de uma proibição imediata não pode ser ignorada. Esta é uma situação urgente que requer ação imediata”.

Durante a filmagem, cachorros choram e são encontrados desesperados para se libertarem (Foto: Humane Society International)

Não há dados sobre o quanto de carne de cachorro é consumida na Indonésia, mas uma pesquisa realizada em 2015 citada pelo Ministério da Agricultura mostrou que cerca de 730 mil cães entram na capital, Jakarta, de Java Ocidental anualmente para consumo.

Em comparação, o Vietnã, que fica nas proximidades, consome cinco milhões de cães todos os anos, diz a Asia Canine Protection Alliance.

Oposição

Tem havido crescente pressão sobre o país para proibir a indústria.

Mais de 90 celebridades, incluindo Cameron Diaz, Simon Cowell e Ellen DeGeneres assinaram uma carta pedindo ao presidente Joko Widodo para agir.

O país tem enfrentado grande pressão para acabar com o comércio (Foto: Humane Society International)

Em agosto, Syamsu Ma’arif, diretor de saúde pública veterinária do Ministério da Agricultura, disse à Reuters que a carne de cachorro “não é comida, de acordo com a nossa lei de alimentos”.

Ele acrescentou que o ministério ainda estava reunindo material para apoiar os regulamentos planejados. No entanto, ele não deu nenhum prazo para que seja emitido ou quando entraria em vigor.

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