A interdição do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Luís (MA) continua. Ele, que fica localizado na Universidade Estadual do Maranhão, é o responsável por oferecer assistência de saúde para animais e recolhê-los das ruas quando oferecem riscos à população.
Com o fechamento, que já tem meses, as vias públicas da cidade têm cada vez mais animais. Em um ponto de ônibus, uma cadela magra e desamparada parece pedir ajuda aos passantes. “Se pudesse, levava todos para casa, mas eles passam muitas doenças e eu tenho criança. Gato é toxoplasmose, cachorro é raiva,aí fica difícil, né?”, disse Júlia Marques, empregada doméstica.
A Associação Maranhense em Defesa dos Animais (AMADA) tem sido o destino procurado por quem vai atrás do Centro e não encontra atendimento. “Se há uma paralisação nos serviços, é preciso que se encontrem medidas alternativas. O AMADA está superlotado, com dezenas e dezenas de animais, e nós não recebemos nenhuma subvenção do poder público. Vivemos de doações de particulares”, reclama a advogada da associação, Silvana dos Reis.
O coordenador do CCZ de São Luís, João Batista Pires, disse que talvez a empresa responsável por reestruturar o local já esteja liberada para fazer os levantamentos no Centro nesta semana. Ele também falou da questão dos sacrifícios de animais, uma das razões pelas quais foi determinada a interdição. “O Centro não era higienicamente adequado para o sacrifício. Não tinha água, energia, locais para colocar alimentos, limpeza. Mas todo esse quadro está inserido no projeto de readequação”, afirmou.
Fonte: G1