Pesquisadores do Instituto Mamirauá têm realizado ações de conservação do macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta (Saimiri vanzolinii), animal que corre risco de extinção. Uma campanha online de financiamento coletivo foi lançada nesta sexta-feira (13). O período de arrecadação vai até 14 de junho.
A campanha busca também divulgar as pesquisas sobre o macaco-cheiro-da-cabeça-preta e os planos de conservação da espécie a uma ampla gama de públicos, desde comunidades locais até crianças. Um dos principais motivos para tanta preocupação é que o Saimiri vanzolinii pode, num futuro próximo, sofrer com as consequências das mudanças climáticas globais que já estão em curso, em particular, com a alteração da dinâmica de chuvas em seu habitat.
Uma das 15 espécies amazônicas consideradas prioritárias no Plano Nacional de Primatas, o macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta habita uma área de somente 870 quilômetros quadrados, ao sul da Reserva Mamirauá, no estado do Amazonas. Sua população é estimada em apenas 150 mil indivíduos.
Entre os planos do Instituto Mamirauá para preservar a espécie estão coletar e armazenar material reprodutivo, isto é, sêmen e óvulos dos animais da floresta, para realizar reprodução assistida, por meio de fertilização in vitro, caso seja necessário no futuro.
Além disso, os cientistas pretendem dar continuidade ao acompanhamento das populações de Saimiri vanzolinii na floresta, para entender melhor os hábitos, os modos de vida e a reprodução da espécie. O próximo passo da equipe é utilizar colares com GPS para determinar de forma precisa o deslocamento dos macacos.
Para realizar todas essas ações, o Instituto Mamirauá pretende arrecadar R$ 100 mil na campanha de crowdfunding. Todos os apoiadores poderão escolher entre recompensas como camisetas, paper toys (bonecos em miniatura) de macacos amazônicas e publicações.
Quem doar R$ 5 mil ou mais ganhará ainda um voucher para hospedagem na pousada Uacari, que fica dentro da Reserva Mamirauá.
Fonte: G1