A proposta do Instituto Chico Mendes de criar uma Unidade de Conservação de Proteção Integral para o peixe-boi no litoral de Piauí está gerando polêmica.
A ideia do instituto é fundar um refúgio de vida silvestre para proteger o santuário do animal, o que vai restringir a pesca, visitação e edita normais rígidas na preservação do peixe-boi e tartarugas marinhas.
A área abrangerá 50 km na linha de praia nos estados do Piauí e Ceará. O superintendente do Ibama, Romildo Mafra, esclarece que a área não foi ampliada e é a mesma já existente. “Não vamos fechar área e não vai acabar o banho de praia. O que vamos fazer é disciplinar a pesca por meio de um plano de manejo”, explicou Romildo Mafra.
A criação da unidade de preservação para o peixe-boi divide opiniões e os investidores alegam que as limitações vão engessar o turismo no litoral. Romildo Mafra reage e garante que não é motivo de “alarde” e que o projeto será definido em comum acordo com a comunidade.
“O plano de manejo vai definir o uso da área e não há motivo para pânico”, garantiu Romildo. Ele informa ainda que, dos 316 mil hectares do APA do Delta de Parnaíba, o Piauí tem 64 mil hectares e não há acrescimento para a unidade do peixe-boi.
Audiências
Para discutir e apresentar o projeto, o Ibama está realizado uma audiência pública nos dias 19 e 20 deste mês em Cajueiro da Praia e Barroquinha, no Ceará.
“A audiência tem caráter consultivo e vai colher sugestões. Vamos discutir com a população a possibilidade de alterar o projeto, de reduzir área. Tudo é possível”, disse Romildo Mafra.
Após as audiências, o projeto será encaminhada ao Ministério do Meio Ambiente e segue para sanção do presidente Lula. O peixe-boi é o mamífero marinho mais ameaçado de extinção no Brasil, sendo considerado “criticamente em perigo”, de acordo com pesquisadores.
Fonte: Cidade Verde