A popularidade das redes sociais encurtou distâncias, democratizou o acesso a informações e criou até mesmo uma nova e lucrativa carreira: influenciadores, pessoas que têm milhares ou milhões de seguidores e emprestam seus rostos para vender produtos, estilos de vida ou estimular nova práticas e costumes. Infelizmente, essa influência não se restringe apenas à venda de produtos ou a boas ações, ela também se tornou uma brecha para o tráfico e abuso de animais.
Isso é ainda mais nítido no Instagram, rede social baseada em imagens que está auxiliando na banalização da exploração de animais a partir da divulgação de fotos como o caso da modelo fitness que tatuou seu gato sphinx ou de um grupo de pessoas que espancou uma foca para fazer selfies. Há ainda o desserviço de estimular a compra de animais silvestres, selvagens e domésticos. Ao promover o abuso animal em uma mídia social de grande alcance as consequências são sem precedentes.
Celebridades também estão fazendo parte dessa fatia do mercado que envolve exposição e audiência. A atriz e cantora Lele Pons tirou fotos ao lado de um filhote de crocodilo em uma piscina. O DJ Jeffree Star e o maquiador e influencer James Charles fizeram selfies com um babuíno e um macaco-prego. Leões e tigres também são frequentemente filmados e fotografados por modelos, atores e atletas. Cativos e abusados, esses animais geralmente foram sequestrados do seu habitat.
Aqueles financiam essa prática, influencers e celebridades, ignoram a origem e destinos dos animais. Muitas vezes mutilados, torturados e treinados, esses animais conhecerão apenas a dor e o sofrimento da exploração e da escravidão. As pessoas com poder e influência precisam parar de incentivar outras pessoas a comprar animais exóticos. Apenas uma mudança real de atitude pode trazer uma transformação real para a vida desses animais.