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Inpa lança guia de cobras da região de Manaus (AM)

22 de março de 2014
2 min. de leitura
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guia cobra

As cobras são animais que há séculos povoam a imaginação das pessoas como criaturas sagradas ou com a imagem de perigosas, assassinas e muitas vezes relacionadas com algum tipo de mal. Para tentar mudar essa imagem de medo que as pessoas têm desses répteis, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), por meio do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), lançou o Guia de Cobras da Região de Manaus – Amazônia Central para ajudar a população a conhecer as espécies de cobras como jiboias (Boa constrictor), jararacas (Bothrops atrox) e sucuris (Eunectes murinus).

O guia traz informações sobre 65 espécies de serpentes e por enquanto está disponível apenas na internet, podendo ser baixado gratuitamente. A versão impressa do livro tem lançamento previsto para este semestre. “A nossa proposta é que o guia sirva para as pessoas identificarem as cobras peçonhentas, conhecerem os hábitos, o modo de vida e a beleza desses animais”, diz um dos autores da publicação, o biólogo Rafael de Fraga, doutorando em ecologia do Inpa.

A publicação é bilíngue (português e inglês) e levou sete anos para ser finalizada. O volume, ilustrado, usa diversas fotos das cobras e texto em linguagem didática. Os autores evitaram jargões científicos a fim de alcançar um público variado como estudantes, turistas, curiosos em geral, pesquisadores, ambientalistas e professores.

Há tabelas com informações biológicas de cada espécie e chaves de identificação que permitem reconhecer a espécie por observação. Também são autores os pesquisadores do Inpa William Magnusson e Albertina Lima, e a pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi (Mpeg) Ana Lúcia da Costa Prudente.

Espécies

Em Manaus, algumas espécies são frequentemente encontradas em ambientes urbanos, como jiboias, facilmente reconhecidas pelas manchas vermelhas arredondadas na cauda. Outras, a exemplo da inofensiva cobra-flamenguista (o nome vem das bandas pretas e vermelhas), vivem em galerias subterrâneas. Essas galerias alagam com frequência no período das chuvas, forçando as cobras a se deslocarem por sobre o solo. Por isso essas cobras são com frequência avistadas na capital amazonense, especialmente no período das chuvas.

Em ambientes florestais, a cobra encontrada com mais frequência é a jararaca (Bothrops atrox), reconhecida pela presença de fossetas loreais (cavidades entre os olhos e as narinas), cabeça triangular e escamas quilhadas. “Essa espécie é responsável pela maioria dos acidentes ofídicos na região, devido à densidade de indivíduos consideravelmente mais alta em comparação a outras espécies peçonhentas”, explica Rafael de Fraga.

 Fonte: Agrosoft

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