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Novas iniciativas governamentais protegem baleias-francas da extinção

16 de dezembro de 2013
3 min. de leitura
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Por Vinicius Siqueira (da Redação)

O governo dos Estados Unidos decidiu reajustar os limites de velocidade para barcos pesqueiros em algumas áreas ecologicamente sensíveis, visando proteger baleias-francas. As informações são do Care2.

Foto: Care2
Foto: Care2

A regulação não salva a vida das milhares de vítimas da pesca, entretanto reduz o risco de colisões de barcos com baleias-francas, atualmente um do principais problemas para sua sobrevivência (o outro é a caça), já que essas criaturas marinhas são frequentemente vítimas de incidentes com barcos.

Tomando esta iniciativa, a administração do governo dá um passo a frente para baleias e manda uma grande mensagem sobre a necessidade de pensar na vida animal, mesmo se for necessário enfrentar pressões do mercado.

A regulamentação obriga barcos próximos à determinadas zonas onde se sabe que baleias-francas frequentam a diminuírem sua velocidade. Isto se aplica para todas as embarcações com mais de 65 pés de comprimento.

Nos cinco anos desde a regulamentação original teve início (esta é uma extensão da original, que estava com o prazo terminando), nenhuma morte ocorreu nas áreas designadas, demonstrando que pedir para que barcos naveguem numa velocidade menor que 10 nós é uma medida efetiva para resolver este problema.

A redução forçada permite que os barcos tenham mais tempo para parar e modificar seus caminhos, desviando de qualquer baleia que encontrarem, e ainda possibilita que baleias mudem seu trajeto e também tenham tempo para qualquer tipo de desvio.

Em adição ao limite de velocidade, algumas outras mudanças também foram feitas para controlar mais efetivamente o tráfego de navios. Essas mudanças colocam toda a movimentação de navios para longe das áreas de convivência de baleias – já que baleias não seguem lei marítimas, é obrigação do governo desenvolver regulamentações para protegê-las dentro das linhas de tráfego que elas próprios traçaram para si.

Após constante estudo e observação, oficiais podem determinar se é necessário mover, modificar ou realizar qualquer outro ajuste nos trajetos de barcos, com objetivo de acomodar as peregrinações de baleias.

A regulamentação renovada não tem prazo de validade. Ela está ativa para sempre – ou até outro presidente resolver modificá-la.

Foto: Reprodução/G1
Foto: Reprodução/G1

Extinção

Estima-se que há menos de 500 baleias-francas no mundo, o que as coloca em uma posição de vulnerabilidade extrema. Essas criaturas que, uma vez, eram abundantes, se tornaram vítimas do avanço tecnológico e da pesca. Elas se situam muito próximas à costa e são alvos fáceis para a pesca, já que permanecem muito tempo na superfície das águas.

Tragicamente, isso significa que elas são raras e simbolizam a preciosidade de nossa vida animal. Perdê-las para barcos de pesca, que assassinam milhares de animais diariamente, é escolher a crueldade em detrimento da vida.

A situação dessas baleias nos proporciona um interessante dilema. Para a pesca, é crítico ter que se mover adequadamente para conseguir capturar e matar diversos peixes diariamente e alimentar um mercado de animais mortos estabelecido há anos. Já para as baleias, também é importantíssimo conseguir se mover para procurar comida e lugares seguros para darem cria. Qual lado escolheremos?

Esta decisão do governo americano, apesar de negligenciar muitos outros animais que ainda serão capturados e mortos no cotidiano da pesca, protege as baleias de serem dizimadas de nosso planeta e, talvez em um futuro próximo, ela poderão deixar as listas de animais em extinção.

Nota da Redação: A pesca já é abominável. Retirar um espaço de barcos pesqueiros para manter a sobrevivência de uma espécie de baleias é uma boa iniciativa, entretanto, não se deve esquecer das milhares de vidas que são sacrificadas para o consumo humano em práticas da indústria da pesca.

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