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MAUS-TRATOS

Influenciador grava vídeo alimentando gaivotas com petiscos cobertos de pimenta em Arraial do Cabo (RJ); multado em R$ 3 mil

A prática, além de cruel, pode causar lesões internas irreversíveis e até a morte das aves.

19 de outubro de 2025
Redação ANDA
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um vídeo divulgado nesta sexta-feira (17/10) mostra um influenciador oferecendo petiscos cobertos de molho de pimenta a gaivotas em uma praia de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, enquanto outro homem ri e grava a cena.

As gaivotas, enganadas pela oferta de comida, ingeriram o alimento que lhes causou imensa dor e desconforto. As imagens que geraram indignação mostram os animais, em pânico, voando em direção ao mar na tentativa desesperada de aliviar a ardência. A atitude, além de cruel, configura crime ambiental e maus-tratos a animais silvestres.

A Prefeitura de Arraial do Cabo informou que, após ser identificado, o responsável foi multado em R$ 3 mil. Segundo a Secretaria Municipal do Ambiente, alimentar animais selvagens é proibido justamente por colocar em risco sua saúde e alterar o equilíbrio ecológico.

O órgão destacou que mantém campanhas permanentes de conscientização com o tema “Não alimente as aves!”, além de placas e ações educativas nas praias.

A médica-veterinária Daphne Goldberg, responsável técnica do Instituto Albatroz, foi enfática ao condenar a ação do influenciador e explicar suas graves consequências.

“Alimentar animais selvagens é crime ambiental no Brasil. Esse tipo de comportamento pode causar danos graves, alterar o equilíbrio ecológico e até levar os animais à morte. No caso do molho de pimenta, as gaivotas podem sofrer lesões gastrointestinais irreversíveis e morrer rapidamente”, explicou.

Em setembro, outro influenciador, Yuri Magnífico, também foi denunciado por crime ambiental após ser filmado segurando uma gaivota durante um passeio de barco em Cabo Frio. O caso segue sob investigação.

Abusos contra a animais não devem ser tratados como “brincadeiras”, e pedem punições exemplares para desestimular a repetição de práticas que causam sofrimento e comprometem o equilíbrio ambiental.

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