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Indenização é para que não aconteça de novo, diz tutora de cadelinha morta

29 de junho de 2015
3 min. de leitura
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Foto: Mayara Aparecida/Arquivo Pessoal
Foto: Mayara Aparecida/Arquivo Pessoal

A estudante de turismo Mayara Aparecida da Rosa Coutinho, de 19 anos, que teve a cadelinha morta após banho e tosa em um pet shop de Campo Grande, em 2012, diz que não acionou a Justiça por dinheiro, mas sim para que não aconteça com outro animal.
Neste mês, ela conseguiu decisão favorável ao pagamento de R$ 10 mil por danos morais. O G1 entrou em contato com os advogados da empresa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Mila, como foi batizada, morreu em outubro de 2012. Segundo a tutora, a cadelinha passou mal e os veterinários aplicaram remédio sem o conhecimento dela.
A cadelinha da raça Yorkshire tinha cerca de oito anos e era saudável, de acordo com Mayara. “A gente já tinha ela há uns 8 anos. Ela era minha e da minha mãe que faleceu há alguns anos. Então, era da família e tinha um grande valor sentimental”, relembra.
Banho e tosa
Ao G1, a jovem disse que tudo mudou depois que Mila foi levada ao pet-shop. “Ela saiu de casa de manhã. Eu sempre costumava levar lá [no pet shop]. Como eu tinha um convênio, ela tinha direito a quatro banhos mensais. O banho nunca tinha demorado tanto como naquele dia. A Mila saiu de manhã, ficou durante a tarde toda e até as 17h ela não estava pronta. A gente ligava e eles ficavam enrolando dizendo que estava cheio o pet-shop”, relata Mayara.
“Daí eles ligaram no final da tarde dizendo que ela começou a passar mal na hora do banho e tiveram que aplicar um remédio. Tentaram me tranquilizar dizendo que ela já estava ficando bem. Só que ela iria ficar meio ‘groguezinha’. Mesmo assim, eu senti que estava sendo enrolada”, afirma a jovem.
Ela conta que quando o funcionário do pet- shop foi levar Mila em casa já era quase 18h. “Um funcionário levou ela em casa e foi bem seco dizendo que tinha que levar a Mila no veterinário porque ela não estava bem. Ela chegou de olhos fechados e com respiração ofegante”.
Mayara relata que não estava em casa quando a cadelinha chegou e sua tia, preocupada com o estado de Mila, teve que interná-la em uma clínica veterinária. Lá, ela foi informada de que a situação era complicada e seria difícil reverter.
Morte
De acordo com a jovem, no dia seguinte ao banho, o animal morreu por complicações nos órgãos, indicadas por exame de necropsia.
“Toda a minha família em casa, todos nós sentimos muito. Era uma companheira e a gente ficou muito chateado e indignado. Por isso, a gente resolveu entrar na Justiça”, fala. A jovem diz que o pet shop ofereceu outro animalzinho, mas ela recusou a proposta.
Caso
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) ordenou que o pet shop de Campo Grande indenizasse a tutora da cadelinha.
A empresa já havia sido condenada em primeira instância ao pagamento de R$ 15 mil. A defesa recorreu, os desembargadores mantiveram a condenação, mas reduziram para R$ 10 mil a indenização. Ao G1, Mayara informou que deve recorrer.
À Justiça, a empresa disse que não pode ser responsável por todos os animais que passem mal na clínica e que não há como exigir que realize exame em todos que chegam para banho e tosa.
Fonte: G1

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