Aos 20 anos, a indiana Bhargsetu Sharma arriscou sua vida para salvar um jovem que estava se afogando — um momento que lhe rendeu a Medalha do Governador e prêmios por bravura que lhe deram a possibilidade de fazer o que sempre sonhou. Hoje, aos 27, seu heroísmo assume uma forma diferente: resgatar animais que não têm voz nem a quem recorrer.
Para Bhargsetu, essa missão começou muito antes daquele ato de coragem. Sua conexão com os animais era inabalável. Em 2012, ela presenciou filhotes sendo descartados de sua comunidade devido a reclamações sobre “sujeira e fezes”.
Esse incidente foi um ponto de virada. “Eles merecem viver neste planeta, que pertence a todos nós”, ela recorda.
Um ano depois, Bhargsetu cofundou a ONG Humans with Humanity, uma iniciativa de resgate nascida de uma crença profunda de que todo animal, independentemente de suas circunstâncias, merece compaixão. O que começou com apenas oito voluntários cresceu para uma rede nacional com mais de 3 mil. Até hoje, a organização já resgatou e reabilitou mais de 5 mil animais.
Seus esforços abrangem animais de diversas espécies — cães, macacos, pássaros e mais. Cada resgate reflete a resiliência e o compromisso de Bhargsetu e sua equipe.
Um caso particularmente memorável envolveu um cachorro que havia caído em um poço. Sem hesitar, Bhargsetu desceu até o fundo para salvar o animal, um exemplo de sua abordagem prática ao trabalho de resgate.
Mas, para Bhargsetu, o trabalho vai além dos resgates individuais. Ela busca promover o respeito por todos os seres vivos e inspirar outros a adotar uma mentalidade de empatia e ação. “Não nos chamamos de ativistas do bem-estar animal. Nós nos chamamos de humanitários”, ela acrescenta.
Seu trabalho atraiu atenção nacional, muito importante para a conscientização dos cidadãos ao redor da Índia. Bhargsetu continua educando as pessoas sobre a importância do bem-estar animal e encoraja outros a se unirem na luta por um mundo mais gentil.
A jornada de Bhargsetu nos lembra que um indivíduo, movido por compaixão e determinação, pode fazer uma diferença profunda. Com cada resgate, ela cultiva uma cultura de empatia que pode mudar o mundo, um animal de cada vez.