Representantes do Parque Natural da Madeira e o Exército subiram ontem às serras da Madeira para fazer um levantamento das consequências causadas pelos incêndios que deflagraram em vários concelhos e que, alegadamente, resultaram de fogo posto. Paulo Oliveira, que se encontrava no Pico do Arieiro, disse ao JM que “é uma tristeza, o que se está vendo”. Aquele governante referiu ainda que a espécie mais afetada foi a freira no entanto os danos não são irreversíveis.
O diretor do Parque Natural da Madeira assegura que não há danos irreversivéis no que toca a espécies importantes da Madeira que foram afetadas pelos incêndios dos últimos dias. Admite, contudo, que a freira da Madeira foi a espécie mais atingida e que ainda ontem, até o final do dia, estariam prontos diversos trabalhos tendo em conta a protegê-la dos seus principais predadores (gatos e ratos).
À hora em que foi contactado pelo Jornal da Madeira, logo pela manhã, já Paulo Oliveira acompanhava uma equipe de doze elementos (do Parque Natural e do Exército) que se encontrava no terreno, mais concretamente nas serras do Pico do Arieiro, para fazer o levantamento e o diagnóstico dos danos causados pelas chamas que consumiram grande parte das serras da Região.
“Alguns habitats foram destruídos. As vedações também ficaram danificadas. Há imensa tristeza cá em cima. Mas, felizmente, estamos em condições de dizer que, em termos de conservação das espécies, nada é irreversível”, considerou o diretor do Parque Natural da Madeira. Paulo Oliveira sublinhou o fato de que, além desses elementos que já percorriam trilhos extremamente perigosos, encontravam-se muitos mais, de outros setores, como por exemplo, da Direcção Regional de Florestas, a realizarem outro tipo de tarefas que têm por objectivo o de minimizar as consequências resultantes destes trágicos incêndios que deflagraram um pouco por toda a Região, mas sobretudo nos concelhos do Funchal, Câmara de Lobos, Santa Cruz e Santana.
O director do Parque Natural da Madeira voltou a realçar que é urgente começar a trabalhar, daí que já “estejamos no terreno, de manhã à noite, a colocar vedações e a fazer ninhos para que as coisas se vão recompondo”.
“Isto em termos de reflorestação será também começar de novo”.
Fonte: Jornal da Madeira