Por Patricia Tai (da Redação)
Ocorreu um incêndio em um matadouro de aves nesta segunda-feira, no nordeste da China. Noticiários informam que 119 pessoas morreram, e há um número incerto de pessoas ainda desaparecidas.
Segundo reportagens, o incêndio de grandes proporções começou pouco depois do amanhecer. Havia 300 funcionários dentro da instalação, dos quais mais de 100 conseguiram escapar, visto que o portão estava trancado. O governo de Jilin informou ao Xinhua que 54 pessoas estavam feridas e foram levadas às pressas para o hospital. O governo também se preocupou com os moradores dos arredores, e três mil pessoas foram retiradas de suas casas, por precaução.
O incidente gerou revolta da população e muitos protestos nas redes sociais, bem como questionamentos quanto à segurança dos estabelecimentos.
Mas, mais uma vez, não há nenhuma informação em nenhum veículo de comunicação com relação aos animais que estavam no local, muito menos informações sobre tentativas de salvamento. As aves sequer foram mencionadas.
O fato em si e o seu tratamento pela sociedade e pela imprensa mundial vem nos lembrar de maneira gritante o quanto os animais ainda são considerados meros objetos, destinados ao consumo humano e sem nenhum valor como “vidas”.
Na verdade, para a sociedade que come carne, a existência de aves dentro de um matadouro já caracteriza as mesmas como “coisas” e, por si só, anula qualquer consideração com relação à sua dor e à forma como são mortas, pois iriam ser mortas de qualquer forma para virar comida.