A organização advertiu, na última terça-feira (29), sobre o terrível impacto ambiental causado pela enxurrada de lama causada pelo rompimento da barragem na Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho.
“Aproximadamente 125 hectares de florestas foram perdidos, o equivalente a mais de um milhão de metros quadrados, ou 125 campos de futebol”, indicou o relatório divulgado quatro dias depois da tragédia que causou até agora a morte de mais de 100 pessoas e o desaparecimento de outras 238.
A lama afetou também a aldeia indígena Naô Xohã, com 27 famílias, a 22 km de Brumadinho.
“Estamos em uma situação muito séria. Dependíamos do rio e o rio morreu. Não sabemos o que fazer”, disse o cacique Háyó Pataxó Hã-hã-hãe, contando que os peixes mortos e um odor fétido tomaram conta da pequena comunidade.
De acordo com o G1, a Agência Nacional de Águas (ANA) estima que a onda de rejeitos e lama chegará entre 5 e 10 de fevereiro à hidrelétrica de Retiro Baixo, a 300 km da mina.
A expectativa é que as barragens de contenção nessa estrutura retenham os rejeitos, mas a ANA esclarece que “está sendo avaliado se a onda de rejeitos alcançará a reserva da hidrelétrica de Três Marias, no rio São Francisco, 30 km abaixo da barragem de Retiro Baixo”.
A WWF Brasil considera que ainda é cedo para algumas afirmações. Paula Hanna Valdujo, especialista em conservação da ONG, opina que “serão necessários estudos mais detalhados para entender a intensidade deste impacto e até onde se estende”.