Em 22 de junho, o imigrante brasileiro Douglas S. Mendes, 29 anos, enfrentou na Corte Distrital de Framingham, Massachusetts, 21 acusações de promover ou organizar brigas envolvendo canários e 21 acusações de crueldade animal. O réu, residente em Ashland (MA), alegou inocência.
O promotor público Matt Levitt disse que a polícia deu início a uma investigação sobre rinhas de pássaros envolvendo canários em uma residência localizada na West Union Street, em Ashland. As autoridades descobriram os pássaros e gaiolas quando foram atender a uma ligação relacionada a um incêndio na chaminé, em 28 de janeiro desse ano.
Após se depararem com as gaiolas, as autoridades deram início a uma investigação e conseguiram um mandado de busca em 13 de fevereiro. Durante as buscas, os policiais descobriram 21 canários, todos em gaiolas armazenadas no porão ou primeiro andar da residência, disse Levitt. “Dois pássaros tiveram os bicos obviamente afiados para brigar”, disseram os promotores públicos.
Segundo relatórios policiais, os detetives descobriram os pássaros em gaiolas imundas que são construídas especialmente para briga de pássaros. Essas gaiolas possuem divisões entre os pássaros, que podem ser retiradas para permitir a briga dos animais.
Mendes, que vivia na residência, foi interrogado pela polícia durante as buscas. Ele disse que dois pássaros eram dele e que o resto pertencia a um amigo. Quando foi perguntado por que ele tomava conta de 19 pássaros que pertenciam a outra pessoa, Mendes respondeu que “ele gostava dos animais”, disse Levitt.
Levitt pediu ao juiz Douglas Stoddart para determinar a fiança em US$ 1 mil, mas o advogado do brasileiro, Michael A. Foglia, questionou qualquer fiança. Além dos dois pássaros, o resto pertencia a um amigo de Mendes que foi ao Brasil e não havia retornado depois que as alegações contra seu cliente foram feitas, disse Foglia. Mendes também disse não ter conhecimento das brigas de pássaro.
“Ele nega que qualquer briga envolvendo pássaros tenha acontecido”, disse Foglia. Stoddart não determinou qualquer fiança com relação ao caso. Em vez disso, ele estabeleceu um valor de segurança de US$ 2 mil, significando que, caso Mendes viole os acordos feitos durante sua primeira audiência, automaticamente entrará em vigor uma fiança no valor de US$ 2 mil.
Como parte de sua liberação condicional, Mendes não está autorizado a ter nenhum animal de estimação. Além disso, os pássaros apreendidos deverão ficar sob custódia do Departamento de Controle Animal de Ashland ou de um representante oficial.
Stoddart impediu a possibilidade de que os pássaros sejam adotados antes da conclusão oficial do caso. Mendes deverá retornar à Corte no próximo 4 de agosto, para uma audiência antes do julgamento final.
Fonte: Brazilian Voice News