(da Redação)
Um armazém em uma propriedade próxima a Denver, nos Estados Unidos, revelou ser um grande depósito de animais mortos assustando protetores e ativistas pelos direitos animais. A U.S. Fish and Wildlife Service’s Property Repository abriga cerca de 1,5 milhões de animais. As informações são do The Dodo.
Entre os animais encontrados estão pés de elefante, botas de pele de cobra com as cabeças ainda unidas, dezenas de cabeças de tigres em extinção e até mesmo um feto de tigre para nascer, arrancado da mãe e taxidermizado antes que pudesse abrir os olhos. Exemplares mortos que refletem a indústria global do tráfico de animais selvagens.
“Quanto mais ameaçadas de extinção a espécie é, maior a possibilidade de se obter a espécie pois há mais dinheiro a ser feito”, comenta Coleen Schaefer, chefe do local à ABC News australiana.
Com 16.000 metros quadrados, o enorme armazém contém filas e filas de ursos polares taxidermizados, além de guepardos, leões, tartarugas e presas de elefante, todos confiscados por autoridades ao longo dos anos. Alguns são vistos como troféus, outros são destinados para uso na medicina ou ainda usados para bolsas e sapatos. A amplitude de animais e produtos mostram por que este comércio é tão difícil de combater – e avaliado globalmente em torno de 23.000 milhões de dólares por ano.
A China e os Estados Unidos são os principais pontos de acesso para a demanda por produtos como o chifre de rinoceronte e elefante de marfim, que têm colocado a espécie à beira do abismo. O país norte-americano mudou recentemente suas leis para conter a onda de produtos de animais silvestres; em fevereiro, a administração Obama anunciou um plano de combate a este comércio, comprometendo-se à aplicação de acordos nos portos nacionais e uma nova campanha para combater o tráfico no exterior.
O plano, juntamente com os esforços de outros grupos, visa reduzir o fluxo de entrada de animais no armazém do Colorado. Mas por ora, as criaturas empalhadas permanecem como um lembrete obscuro da enorme batalha que se tem pela frente.