Um crime tem intrigado moradores de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Em uma semana, em dois pontos da cidade, três cachorros desapareceram, todos de raça. Além desses casos, o dono de um canil no município já teve 11 cães furtados, desde 2010. Imagens de câmeras de monitoramento mostram o momento em que os suspeitos agridem e levam os animais.
Uma das vítimas é a comerciante Michele Oliveira dos Santos. Ela está desesperada atrás de notícias de seu Pit bull, levado de uma loja na avenida da praia, no bairro Boqueirão. “Ninguém pega um cachorro de quase 40 quilos, daquele tamanho, para cuidar. Não existe isso. Pegaram meu cachorro para maltratar, porque ele não é um cão de guarda, é dócil”, explica.
Dois dias depois, o dono de um motel no bairro Vila Tupi teve dois cachorros levados. Era por volta das 8h quando um Pit bull e um Rottweiler foram levados. “Eles não tinham contato com ninguém. Era eu quem dava comida e água para eles. A pessoa que sequestra esse tipo de cão não é leigo”, diz o comerciante João Lopes.
O comerciante Jorge Cotturelli também está preocupado com o aumento dessa modalidade de crime. Ele é dono de um canil e já teve 11 cachorros furtados, desde 2010. O último caso foi na mesma semana em que Michele e João ficaram sem seus cães. “Teve outros casos, inclusive no começo do ano, quando a construção era toda monitorada. Foram feitas filmagens desses invasores entrando, munidos de pau e batendo nos cães para dominá-los”, relata.
Os crimes, de acordo com a Polícia Civil, têm as mesmas características: sequestro de cães adultos, todos de raça. A investigação agora é para saber se os casos têm relação entre si. “Em razão de serem locais e vítimas distintas, numa sequência cronológica de dois dias, pode ser que o mesmo grupo tenha levado os três animais. Já determinei a investigação criteriosa do fato. Nós tratamos casos assim, de animais, como crime, e temos que apurar com rigor e chegar aos autores do delito”, explica o delegado Aluízio Peres de Araújo, responsável pelo caso.
Já sobre o sequestro dos 11 cachorros de Jorge, o delegado acredita ser um caso específico, que não tem ligação com os outros. “Já solicitei a filmagem dos locais onde ocorreram os eventos, para ver se a gente consegue nortear a investigação”, finaliza o delegado.
Veja as imagens gravadas pelo circuíto de segurança aqui.
Fonte: G1