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LIBERDADE

Imagens de drone mostram a elefanta Pupy feliz e saudável no Santuário de Elefantes Brasil

A elefanta africana de 35 anos passou décadas em um zoológico de Buenos Aires antes de ser transferida para o primeiro santuário de elefantes da América Latina.

1 de julho de 2025
Amy Jones
3 min. de leitura
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Foto: GSE

Pupy, a elefanta resgatada, explora livremente seu novo lar no santuário, como mostra imagens de drone divulgadas pelo Global Sanctuary for Elephants (GSE).

A elefanta africana de 35 anos chegou ao Santuário de Elefantes Brasil, em Mato Grosso, em 18 de abril de 2025, após uma jornada de 2.700 quilômetros partindo de um zoológico na capital argentina. Ela havia vivido no local por 30 anos, depois de ser retirada do Parque Nacional Kruger, na África do Sul, em 1993.

O Zoológico de Buenos Aires enfrentou crescentes críticas sobre sua capacidade de oferecer uma vida natural aos animais após a morte de um urso polar chamado Winner, que faleceu no final de dezembro de 2012 durante uma onda de calor. Isso levou a uma mudança na opinião pública contra a manutenção de animais para entretenimento humano na cidade.

A mudança de mentalidade em relação ao cativeiro animal resultou no fechamento do zoológico em 2016, que foi reformado e transformado no EcoParque Buenos Aires.

O EcoParque, agora com um centro de resgate para animais selvagens feridos e foco em conservação, passou mais de sete anos transferindo mais de 1.000 animais do antigo zoológico para santuários ao redor do mundo.

No entanto, devido à idade de Pupy e à logística para transportar um elefante, ela permaneceu como um dos poucos “animais legado” ainda mantidos no EcoParque — até agora.

Pupy foi transportada em uma grande caixa de ferro presa a um caminhão, acompanhada por cuidadores e veterinários especializados durante os cinco dias de viagem por terra até o Santuário de Elefantes Brasil, o primeiro refúgio para elefantes na América Latina, localizado no município de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.

Foram necessários meses para preparar Pupy para a jornada, incluindo longas horas de confinamento, mas, felizmente, ela fez a viagem “perfeitamente”, segundo María José Catanzariti, veterinária e gerente operacional do EcoParque de Buenos Aires. “Às vezes, nas primeiras 24 horas, esses animais não querem comer, mas Pupy continuou se alimentando”, disse ela durante a realocação.

Apesar de inicialmente hesitante ao chegar ao santuário — Pupy relutou em sair da caixa de ferro —, ela parece ter se adaptado e está aproveitando a liberdade e os cuidados do novo lar, como mostram as imagens de drone divulgadas pelo GSE, que a capturaram explorando o ambiente.

“É emocionante e divertido ver Pupy se aventurando pelo Pátio 1”, escreveu o GSE. “No início, só é possível ver as árvores balançando e deduzir que um elefante é a causa do movimento. Quando a câmera se aproxima, fica claro que Pupy está derrubando galhos e se sentindo em casa. E essa é apenas uma das três áreas que ela pode explorar.”

A organização tem compartilhado vídeos emocionantes de Pupy com seus apoiadores por meio de seu blog, mostrando a elefanta africana se adaptando ao santuário — desde esmagar melancias (sua fruta favorita, segundo os cuidadores) com a tromba até se coçar em árvores e rolar na lama.

“O sol está forte aqui em Mato Grosso, e temos visto Pupy passar cada vez mais tempo na lama”, escreveu o GSE. “Ela é um pouco coceguenta, o que faz sentido, pois tem muita pele morta pelo corpo. A cada árvore em que se esfrega ou a cada camada de lama que cobre seu corpo, sua pele perde essas camadas rígidas e começa a se renovar.”

O Santuário de Elefantes Brasil oferece aos elefantes resgatados espaço para redescobrir comportamentos naturais e formar laços após anos de isolamento. O atual habitat para fêmeas africanas no santuário tem cerca de 13 acres, mas há esforços em andamento para expandir a área em mais 80 acres, de acordo com o GSE. Pupy está se adaptando sozinha por enquanto, mas deve receber a companhia de Kenya, outra elefanta africana de um zoológico em Mendoza, assim que ela completar o treinamento para realocação.

Traduzido de Species Unite.

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