Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Estas imagens comoventes mostram jovens orangotangos que têm sido cuidados pelo Programa da Conservação de Orangotangos de Sumatra” (SOCP), na Indonésia.
O SOCP reabilita orangotangos órfãos, mantidos em cativeiro e feridos, com o objetivo de liberá-los de volta à natureza. Desde sua criação em 1999, mais de 220 orangotangos foram devolvidos à floresta.
Frequentemente, a organização resgata bebês orangotangos da indústria que os vende como animais domésticos e de traficantes de animais selvagens. Esses criminosos compram os macacos órfãos de caçadores que matam suas mães com o intuito de capturar os filhotes indefesos.
A infância dos orangotangos é a mais longa dentre todos os animais (com exceção dos seres humanos) e eles permanecem frequentemente com suas mães até os seis ou sete anos.
Eles são completamente dependentes dos cuidados maternos durante os primeiros dois anos de suas vidas e são apenas desmamados com aproximadamente cinco anos.
Antes que eles possam ser libertados de volta na natureza, os orangotangos têm que aprender a sobreviver na floresta, um processo que leva meses ou até mesmo anos.
Os orangotangos cuidados pela organização são transferidos para uma reserva florestal onde desenvolvem as habilidades que teriam aprendido com suas mães – como, por exemplo, quais plantas são comestíveis, como reconhecer alimentos etc. Eles também aprendem a construir ninhos nas árvores para ficarem fora do alcance de predadores terrestres e parasitas.
Para ajudá-los, os membros da SOCP procuram alimentos específicos e comem (ou fingem comê-los) como as mães dos filhotes fariam. Conforme crescem, eles são autorizados a explorar a floresta antes de voltar aos seus recintos para dormir.
Quando um orangotango está pronto para retornar à natureza, ele pode ser liberado na reserva ou em uma área mais profunda na floresta.
Após a libertação, eles são monitorados e têm sua saúde, suas habilidades de sobrevivência e o progresso em geral avaliados.
Estima-se que existam em torno de 14 mil orangotangos de Sumatra na natureza. A espécie criticamente ameaçada, que vive exclusivamente no norte da ilha de Sumatra, está à beira da extinção devido à caça e à perda de habitat.
Milhares de quilômetros quadrados de florestas foram desmatados para dar lugar a plantações de óleo de palma, ameaçando o último habitat viável da espécie, assim como de rinocerontes, tigres e elefantes, informou o International Business Times.