EnglishEspañolPortuguês

Idosos e deficientes, animais de ONG esperam uma chance de serem amados

1 de abril de 2014
3 min. de leitura
A-
A+
(Foto: Renan Gonzaga)
(Foto: Renan Gonzaga)

Alguns são cegos, outros deficientes, vários doentes e tem até um traumatizado por sofrer abusos sexuais do antigo tutor. Esta é a realidade dos cachorrinhos da ONG Fiel Amigo, de Campo Grande, que apesar das “diferenças” dos moradores, todos surpreendem pela capacidade de amar e retribuir gestos de carinho para quem os visita.

A felicidade está estampada na carinha de cada um deles dentro de seus “quartos” na ONG, porém, a adoção de animais idosos e deficientes ainda é um desafio, para não dizer problema, na vida da voluntária Laura Cristina Garcia Brito, que chegou a mudar para uma casa ao lado do canil com a intenção se dedicar em tempo integral aos cães que necessitam de cuidados extras.

Aliás, se hoje eles possuem uma vida digna, uma das grandes responsáveis é Laura, que se dedica desde os 13 anos ao “trabalho” de proteção de animais abandonados. Hoje, dia 1 de abril, ela completa 43 anos de idade e 30 anos de amor aos animais. A motivação, de acordo com ela mesma, é a vontade de vê-los bem e saudáveis.

São aproximadamente 50 cachorros na ONG, e cada um ganha um nome a partir do primeiro momento que chega lá. Bia, Linda, Dolly, Valente, Lupi, Spaike, Bob e Madona são exemplos que contam com o afeto e cuidados da “Fiel Amigo” enquanto não encontram um novo lar.

O grupo, que existe há mais de 15 anos, tenta driblar o preconceito e garantir mais finais felizes. “Vai fazer um ano que eu estou aqui e nós conseguimos adoção para pouquíssimos cachorros. Se eles tem algum comprometimento com a saúde, ninguém quer. As pessoas não querem ter trabalho”, explica Laura.

Madona é cega e necessita de cuidados especais. (Foto: Renan Gonzaga)
Madona é cega e necessita de cuidados especais. (Foto: Renan Gonzaga)

Para a voluntária, um dos casos que necessitam de mais cuidados é de Bia, uma cadela boxer, de aproximadamente três anos, que possui problemas neurológicos e uma possível cinomose mal curada na infância. “Um animal filhote é igual uma criança, se você não vacinar no futuro pode ficar paralítica, é o caso da Bia, que não tomou as vacinas necessárias e agora não anda mais.”

Porém, Laura ressalta que sua necessidade principal é de doações de alimentos e remédios, por conta do tratamento especial que a cadela deve receber para não morrer. “Nós precisamos de cadeira de rodas e de material adequado para que eu faça fisioterapia nela. Mas colocar para ser adotada eu acho complicado”, revela.

“Eu levo ela uma vez por semana na Universidade Federal para fazer acupuntura, mas eu não posso colocar ela para adoção porque tem gente que vem aqui, assina um termo de responsabilidade, e passa um tempo a gente encontra o animal na rua. E ela precisa de muitos cuidados”, diz.

COMO AJUDAR

Quem deseja adotar outros animais, virar voluntário ou fazer doações poderá participar do “1º Bazar Beneficente”, que será realizado no dia 12 de abril, às 16h, no Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro, que fica na avenida Tiradentes, número 763, no bairro Taveirópolis. O evento vai contar com música ao vivo, bebias geladas, pastel, doces e um espaço infantil.

o contato da ONG pode ser feito pelo site www.fielamigo.com.br, pela fan page www.facebook.com/fielamigoBR ou pelos telefones (67) 9239-5176 ou (67) 9944-8747.

Foto: Top Mídia News

Você viu?

Ir para o topo