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SOLIDARIEDADE

Idoso que dedica a vida ao resgate de cães precisa de doações para comprar imóvel onde funciona abrigo

14 de março de 2022
Thayanne Magalhães l Redação ANDA
4 min. de leitura
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Foto: Instagram/@abrigodeseualberto

Alberto Ribeiro Bezerra, de 66 anos, cuida de mais de cem cães em sua casa, localizada em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Ele concilia os cuidados com os cachorros e com a própria saúde, debilitada devido a problemas recentes.

De acordo com as informações do G1, o seu Alberto, como é mais conhecido, passou por um transplante de coração e, atualmente, faz hemodiálise três vezes por semana. Ele tem como renda fixa o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A paixão dele pelos animais surgiu quando ainda era menino, junto ao pai que também criava cães.

“Enquanto eu tiver fôlego, eu estou aqui cuidando deles”, afirmou.

É com ajuda de voluntários e alguns funcionários que ele mantém o espaço em que abriga os cães. As doações ajudam a fechar as contas mensais, que chegam a R$ 15 mil.

Entre machos e fêmeas, outros 500 animais já passaram pelo abrigo. Os cães chegam de todas as formas até Alberto: doentes, vítimas de maus-tratos ou abandonados. Ao chegar ao abrigo, eles recebem os devidos cuidados e são deixados prontos para adoção.

Alguns cães estão no abrigo há cerca de dez anos. Os animais que encontram mais dificuldade para serem adotados são justamente os mais velhos e aqueles com algum tipo de deficiência, como a cadela Felícia, que foi atropelada e não possui o movimento das patas de trás.

Independente do caso, os cãezinhos recebem o amor e carinho de Alberto e sua equipe pelo tempo que precisarem. Uma vez no abrigo, todos os animais são vacinados, vermifugados e os mais velhos, castrados.

A analista de logística e voluntária Gil Marinho é uma das colaboradoras do abrigo. Segundo ela, ao longo da semana, alguns voluntários ajudam em tarefas como dar banho e levar os animais ao veterinário com caronas solidárias.

As despesas do abrigo incluem o aluguel da casa, salário dos cinco funcionários, 40 quilos de ração por dia, além das consultas médicas para tratamentos e compra de remédios para os animais. “A gente tem parceria com alguns veterinários e descontos em algumas cínicas”, contou Gil Marinho.
São 18 anos de dedicação aos cães e o que o idoso mais deseja no momento é conseguir comprar a casa em que mantêm os animais para que o abrigo não feche as portas.

A estudante e voluntária Gabriela Prado contou que o dono do imóvel onde funciona o abrigo colocou a propriedade à venda, dando a prioridade de compra para Alberto devido ao tempo em que ele está na casa.

Para adquirir o imóvel, será preciso desembolsar um valor de R$ 350 mil reais em um prazo que acaba no final deste mês de março. A esperança deles é que mais pessoas se sensibilizem e ajudem a realizar o sonho de seu Alberto.

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