Uma denúncia anônima levou a equipe da Sociedade Protetora dos Animais de Apucarana, no Paraná, até um homem que amarrou um cachorro da raça poodle no varal, após o animal se sujar de lama.

O idoso de 63 anos, que não teve o nome divulgado, foi preso pelo crime de maus-tratos depois que mergulhou o cãozinho em um balde com água fria e o ‘pendurou’ no varal. No vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver que o animal treme de frio enquanto apresenta dor e desconforto pela situação.

O poodle, que se chama Dobby, fugiu horas mais cedo, no dia do ocorrido, e foi brincar em uma área verde, voltando para casa sujo de barro. Foi o que bastou para que o homem protagonizasse essa cena de intolerância e crueldade com o animal.

De acordo com o Comandante da GCM Alessandro Carletti, que atendeu à ocorrência, o homem confessou ter punido o cachorro pelo incidente e compartilhado as imagens em um aplicativo de mensagens. “Quando chegamos ao local, ele tentou esboçar uma atitude de negação, disse palavras de baixo calão, mas no fim foi contido e levado para a delegacia”, disse Carletti em entrevista para o jornal Extra.

Além de gravar os maus-tratos, o idoso criou frases como se fossem versículos da Bíblia para justificar o ato. “Não fujas e não serás lavado e pendurado” e “caso não cumpra meus mandamentos serás punido com fome, sede e pendurado de cabeça para baixo até que aprendas”, foram algumas das palavras que o homem citou durante o delito.

O comandante informou à reportagem que no celular do agressor foram encontrados outros vídeos que sugerem que o animal sofreu mutilações anteriores, e que por isso foram realizados diferentes exames de saúde para avaliar o estado do cãozinho, que incialmente apresentou indícios de infecção urinária.

Luan Rafael, diretor do Centro Municipal de Saúde Animal, disse que Dobby está com medo e assustado, mas que é amigável. “Estamos cuidando dele direitinho. Em breve ele será encaminhado para a adoção responsável”, finaliza o diretor.

O delito cometido contra cães e gatos é crime previsto em lei com punição de 2 a 5 anos de reclusão, além do pagamento de multa.