O estudo, que se baseou na análise da distribuição das 129 espécies vivas, identificou 20 locais prioritários que representam 10% da sua distribuição global, sendo a salvaguarda de 9 delas, que equivalem a 4% da superfície marinha, permitiriam conservar 84% da diversidade de Mamíferos marinhos.
Foi recentemente publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences um estudo que é uma base importante para garantir a conservação dos Mamíferos marinhos do planeta.
O trabalho de investigação, levado a cabo por uma equipe de cientistas das Universidades de Stanford e Autônoma Nacional do México baseou-se no mapeamento das áreas de distribuição de todas as espécies de Mamíferos marinhos do mundo, 129 no total.
Com base em três critérios – número de espécies presentes, risco de extinção e número de espécies endêmicas e num fator de importância relacionado com a funcionalidade – os autores do artigo identificaram 20 áreas, que representam 10% da superfície marinha, cruciais para salvaguardar o futuro do grupo.
Estas duas dezenas de áreas dividem-se em dois grupos, constituídos por 9 e 11 locais respectivamente.
O primeiro grupo diz respeito às áreas mais ricas em termos de número de espécies presentes, de tal modo que a sua preservação, que representa apenas 4% da superfície marinha, permitiria conservar 108 espécies, o equivalente a 84% dos mamíferos marinhos. São elas as áreas ao largo da costa de Baja Califórnia (México), Este do Canadá, Perú, Argentina, Noroeste de África, África do Sul, Japão, Austrália e Nova Zelândia.
Por outro lado, as 11 áreas que pertencem ao segundo grupo, concentram espécies que não podem ser encontradas em mais nenhum local e que, consequentemente, são mais vulneráveis à extinção.
O estudo revelou também que uma parte considerável do primeiro grupo de 9 áreas – 70% – se encontra ameaçado pelas atividades humanas e pela poluição e alterações nos padrões climáticos associadas.
Desta forma, os autores alertam “Esta é informação importante que nos obriga a potenciar a conservação marinha”.
Como predadores de topo, muitos mamíferos marinhos têm um papel essencial na regulação do funcionamento do ecossistema o que, só por si justifica a necessidade de serem conservados.
Fonte: Naturlink