Cientistas ingleses acabam de publicar na revista Proceedings of the Royal Society B. mais um estudo que evidencia a importância da existência de uma matriarca com mais experiência num grupo de elefantes africanos para garantir a sua sobrevivência.
Os investigadores na Universsidade de Sussex (Reino Unido) testaram o comportamento de 39 manadas no Parque Nacional de Amboseli (Quénia) ao soar de rugidos de leões machos e fêmeas, que constituem ameaças de distinta intensidade – os machos, ainda que solitários, podem atacar com sucesso uma cria, ao passo que as leoas só o fazem em grandes grupos.
Os resultados revelaram que os grupos liderados por fêmeas mais velhas reagiam ao rugido de leões machos ouvindo atentamente e dispondo-se rapidamente numa formação defensiva, o que não aconteceu quando os rugidos eram de leoa, e foi observado com menor frequência nos casos em que a elefante que lidera o grupo era mais jovem.
Segundo Karen McComb, que liderou a investigação “As matriarcas mais jovens não pareceram tão preocupadas com os leões machos como deviam“. E a investigadora acrescenta “Pensamos que é porque não foram tão expostas a essa ameaça; os leões {não atacam elefantes] assim com tanta frequência”.
A experiência de um outro investigador que trabalha com elefantes asiáticos corrobora esta teoria. Segundo Joshua Plotnik “As fêmeas mais velhas parecem estar mais atenta a potenciais ameaças que as fêmeas mais novas, o que é, provavelmente, uma consequência da sua maior experiência com um leque mais amplo de pressões ambientais”.
Fonte: Naturlink