O Ibama realizou nesta terça-feira (06) o resgate da leoa Xuxa, que estava em uma jaula no circo Ben Hur, montado no bairro Serra Dourada, na Serra. O animal de cinco anos foi levado para um sítio na região de Guarapari (ES). Em 2006, o proprietário do estabelecimento já havia sido notificado pelo instituto por maus-tratos contra o animal e por possuir condições inadequadas de alimentação e acomodação do bicho.
Desde então, o dono do circo estava como fiel depositário da leoa até que o Ibama encontrasse um local apropriado para levá-lo. O analista ambiental do órgão, Vinícius Seixas, informou que o animal, mesmo sendo levado para o sítio, continuará dentro da jaula até que um novo recinto seja construído.
“Esse animal está sendo levado para um sítio e de hoje em diante ela vai morar num local fixo. Isso vai permitir que a gente melhore as condições de manutenção dela com o tempo. Estamos recebendo apoio de várias entidades dispostas a construir um recinto para esta leoa”, disse o analista ambiental.
O estudante de medicina veterinária Antonio Antonioli é o proprietário do sítio que vai receber a leoa. No local, já está o avestruz que também estava no circo. Em julho deste ano, o Ibama havia verificado sinais de maus-tratos e notificou o estabelecimento.
Antonioli conta como será a estrutura para a leoa. “Foi feita uma área reservada para ela e para que nenhum outro animal se aproxime, inclusive seres humanos, para evitar estresse e depois será feito um recinto de 100 metros quadrados dentro dos padrões do Ibama”.
O proprietário do circo, Arnaldo Camargo, teve que pagar uma multa de R$ 2 mil reais pela notificação por conta da leoa. Desde 2006 até a semana passada, ela continuava sendo utilizada para apresentações ao público.
Fonte: Gazeta Online
Nota da Redação: Libertar a leoa dos terríveis maus-tratos sofridos no circo é uma importante etapa para sua reabilitação, mas é também seu direito fundamental voltar a viver em um ambiente natural, livremente e sem intervenções humanas, ou limitações de espaço. Uma jaula de 100 metros quadrados (ou de qualquer outro tamanho) é um aprisionamento igualmente inconcebível.