O remanejamento de parte do bando de capivaras, que vive na Lagoa da Pampulha e foi a solução proposta pelo vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Vamos fazer um plano de manejo de forma a preservar a biodiversidade e retirar o excesso de mamíferos. Tudo será feito com autorização do Ibama, por um processo licitatório”, disse Malheiros, ao informar que licitação, para contratação de uma empresa especializada, deve ficar pronta até o mês que vem.
A reunião realizada no último dia quatro, entre técnicos do setor de fauna, o Superintendente do IBAMA, Evandro Xavier Gomes, e a Prefeitura de Belo Horizonte, o vice-prefeito do município, Délio Malheiros, informou o próximo passo para resolver os problemas causados pela população de capivaras que habita a região da Pampulha. Segundo Malheiros, o manejo será de parte da população dos animais, deixando um número que possibilite o controle com mais tranqüilidade e que não traga problemas para a área da Pampulha.
Na próxima semana, a Prefeitura apresentará ao IBAMA esboço do plano de manejo dos animais. Segundo Gomes, o IBAMA aguarda o plano que deverá ser proposto pela Prefeitura. Segundo ele, o papel do IBAMA, neste processo, é muito claro. “Somos um órgão licenciador. Iremos analisar o plano de manejo, verificar se as ações são as mais indicadas para os animais e população. Solicitar alterações, se for o caso. Autorizar e acompanhar a sua execução”, declarou.
O planejamento é aguardado pelo Ibama desde fevereiro. O atraso, segundo Malheiros, deve-se ao fato de não ser um processo fácil. “Não sabemos quantas capivaras são e para fazer o edital é preciso ter um número estimado. Eram cerca de 170, mas outras chegam à lagoa pelos córregos de Contagem”, disse.
A empresa vencedora da licitação do plano também ficará responsável pelo remanejamento e controle dos número de animais no entorno da lagoa. O edital vai estabelecer ainda que cada animal capturado seja avaliado do ponto de vista epidemiológico. Os roedores doentes serão abatidos e incinerados, segundo Malheiros.
Segundo o analista ambiental Júnio Augusto dos Santos Silva, do Núcleo de Fauna Silvestre do Ibama, a capivara existe em todos os cursos d’água do país, sempre em grupos de até 40 animais. “Os filhotes crescem e abandonam o grupo”, explicou.
Com informações de Assessoria de Imprensa do Ibama e EM