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Ibama do PI, Embrapa e rinheiros concorrem em grau de crueldade praticada contra animais

27 de agosto de 2009
2 min. de leitura
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Por Fernanda Franco  (da Redação)

Diante do impedimento da justiça, da pressão da sociedade e de grupos ligados à defesa animal, a superintendência do Ibama do Piauí “desistiu” de matar os galos apreendidos numa rinha na zona rural de Teresina. No entanto, isso não significou o fim do sofrimento desses animais, ao contrário disso, os animais foram logo encaminhados a uma unidade da Embrapa para servirem de cobaias em pesquisas ligadas a códigos genéticos.

Não bastando esse triste percurso de exploração animal, que começa com as rinhas, o Ibama está sendo denunciado por prática de maus-tratos contra os galos apreendidos.

Os galos, na verdade, são vítimas da violência humana e estão cercados por exploradores de todos os lados: são tratados como objetos de briga pelos rinheiros; como objetos inúteis pelo Ibama, que esteve prestes a determinar o extermínio dos animais por incineração; como objetos de pesquisa para a Embrapa.

(Imagem: Reprodução/Cidade Verde)
Os galos ainda estão sendo submetidos a sofrimento e maus-tratos (Imagem: Reprodução/Cidade Verde)

Assim como não podemos admitir a criação de galos para rinhas, bem como os maus-tratos que essa “cultura” envolve, também não podemos conceber que os animais tenham suas vidas destinadas à condição de cobaias; nem podemos admitir que um órgão como o Ibama, responsável pela garantia do bem-estar da fauna e pela proteção do meio ambiente, determine que galos apreendidos em rinhas sejam exterminados. Tomar os galos dos exploradores rinheiros para matá-los com as próprias mãos?

Dar aos galos condições dignas de vida, depois de sofrerem tantas crueldades, é um papel tão difícil de se cumprir? Na verdade, mesmo que fosse, o Ibama teria no mínimo a obrigação de se responsabilizar pela reabilitação desses animais, para que fossem então reintroduzidos ao seu habitat.

Isso é o que todas as pessoas que compreendem e respeitam os direitos animais esperam e exigem desse órgão, cujo papel não pode deixar de ser cumprido.

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