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Ibama de Manaus recebe mais de 400 animais silvestres em 7 meses

17 de agosto de 2011
2 min. de leitura
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O centro de triagem do Ibama em Manaus recebeu 437 animais entre janeiro e julho deste ano, entre répteis, aves e mamíferos. O número preocupa os servidores do instituto, já que no ano inteiro de 2010 foram recebidos 491 animais.

O centro é responsável por tratar de exemplares da fauna amazônica resgatados em operações de combate ao tráfico de animais ou que foram entregues de forma voluntária. De acordo com o Ibama, 266 animais de várias espécies levados no primeiro semestre para tratamento foram encontrados em abordagens policiais.

“Este ano tem sido um dos mais críticos. Gostaríamos de receber cada vez menos, mas não dá para determinar o que tem influenciado este aumento”, afirma Natália Lima, bióloga e analista ambiental do Ibama.

Filhote de macaco-barrigudo (foto maior), exemplar adulto da mesma espécie (acima, no lado direito) e macaco-prego (abaixo, no lado direito). Animais foram resgatados por técnicos do Ibama e passam por tratamento em centro de triagem (Foto: Robson Czaban/Ibama)

Primatas

Segundo ela, quase 50% dos animais que passam por tratamento atualmente são aves que foram apreendidas. Porém existe um grande número de primatas – principalmente de macacos-barrigudos (Lagothrix lagotricha) e macacos-guaribas (Alouatta Seniculus).

Desde 2005, o centro de triagem já cuidou de 57 exemplares de macacos-barrigudos. Atualmente, 21 seguem em cativeiro porque foram entregues ainda filhotes e não conseguiriam se adaptar ao ambiente natural.

“Existe um sério problema no Amazonas que envolve o macaco-barrigudo. Nas comunidades ribeirinhas e no interior do estado, a caça para o consumo da carne da espécie acontece constantemente. Os filhotes acabam sendo vendidos em beiras de estradas como bichos de estimação. Esta situação pode colocar este animal na lista das espécies ameaçadas se não houver ações de conscientização da população”, afirmou Natália.

A bióloga cobra intensificação por parte de órgãos de fiscalização federal e estadual para fortalecer a ideia de que animais silvestres não são para uso doméstico ou mesmo para caça. “Esta situação requer maior atenção por parte das autoridades”, disse.

Filhote de anta que está abrigado no centro de triagem: maioria dos animais não consegue retornar à natureza e é levada para zoológicos ou centros de recuperação (Foto: Robson Czaban/Ibama)

Fonte: G1

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