Toda semana o Ibama de Lorena (SP) recebe animais que são apreendidos em rodovias e em cativeiros. Mas, segundo os ambientalistas, poucos sobrevivem depois que são retirados da natureza. Por isso, o instituto quer conscientizar a população de que o tráfico de animais é prejudicial.
São macacos, papagaios, araras e canários que estão no centro de reabilitação do Ibama da cidade. Como é o caso de um tucano chegou com o bico quebrado e queimado. Sofrimento comum entre a maioria dos animais silvestres. “Quando ele é apreendido, chega em uma situação muito complicada, estressado, machucado, ferido. A recuperação desse animal e a tentativa de devolver pra natureza fica muito comprometida, então o dano às vezes é irreversível”, explicou o analista ambiental do Ibama, Daniel Nogueira.
Quase todos os animais são encaminhados para o Ibama depois de serem tirados das mãos de contrabandistas. Como o caso das tartarugas, apreendidas dentro de uma mala, em março deste ano, na região.
Um levantamento da Polícia Rodoviária Federal aponta que o contrabando de animais silvestres aumentou. Nas rodovias federais do Estado de São Paulo, no primeiro semestre do ano passado, foram 324 animais apreendidos. No mesmo período desse ano, foram 652, mais do que o dobro.
Na via Dutra são feitas muitas das apreensões. Por isso, o Ibama ampliou a conscientização. 50 mil panfletos foram distribuídos nas praças de pedágio. Uma tentativa de fazer um alerta: animal silvestre não combina com casa. “Não é nada saudável para a pessoa, não é saudável para animal que vive fora do ambiente natural dele e não é saudável para o meio ambiente que teve a retirada do animal causando um desequilíbrio”, salientou o ambientalista.
Para denunciar sobre tráfico de animais, deve-se ligar para o Ibama ou direto na Polícia Ambiental ou Rodoviária Federal.
Fonte: VNews