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FALTA DE ESTRUTURA

Ibama: centro que acolhe animais silvestres resgatados no RJ pode fechar

14 de dezembro de 2021
Yasmin Casal I Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

O único Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama no Rio de Janeiro pode ter que fechar as portas na próxima semana. O local, que recebe cerca de dez mil animais resgatados s em operações ou levados pela população por ano, a maioria doente ou machucada, sofre com problemas nas instalações elétricas.

Segundo informações do portal G1, o centro não tem mais condições de receber novos animais e terá que transferir para outros estados os que vivem na unidade. Localizado em Seropédica, na Baixada Fluminense, o local fica às margens do anel rodoviário.

O Ibama encaminhou um documento pelo vice-chefe da divisão técnica, Bruno Linhares, ao superintendente do órgão, o almirante Alexandre Dias da Cruz, informando que por conta de uma queda da rede elétrica do bloco principal de construções do Cetas, onde ficam equipamentos de informática e rede, geladeiras e freezers, seria importante suspender o funcionamento do local por tempo indeterminado. Além disso, no documento ainda diz que o Centro de Triagem tem apenas 1/3 dos servidores necessários e a recomendação da maior redução possível na quantidade de animais acolhidos pela unidade.

Atualmente, mil e quinhentos animais estão no Cetas e a ordem é encaminha-los para os centros de triagem mais próximos, que ficam em Juiz de Fora (MG) e Lorena (SP). E a partir da semana que vem, segundo a matéria, o Cetas deixará de receber novos animais, o que significa que a polícia ambiental, bombeiros e voluntários não terão mais para onde levar animais silvestres em situação de risco no Rio de Janeiro.

O procurador da República, Sérgio Suiama, criticou a omissão do acolhimento de animais:

“Não é possível haver a paralisação desse serviço. É necessário, como qualquer outro serviço público de natureza contínua, transporte, bombeiro, hospital, que esse serviço seja garantido de maneira permanente”, disse ao G1, e complementou que  “O que nós não sabemos efetivamente é qual é o compromisso do Ibama em fazer obras emergenciais e garantir o rápido restabelecimento do serviço”.

Ainda segundo o G1, no início do ano o RJ2 mostrou a morte de 600 animais no Cetas por falta de tratadores, alimentos e remédios.

Após a postagem da reportagem, na última semana, o superintendente do Ibama no Rio, indicado pelo ex-ministro Ricardo Salles, o contra-almirante da Marinha Alexandre Dias Cruz, assinou a contratação de uma empresa terceirizada encarregada de cuidar dos animais.

O Ibama não se posicionou.

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