Novos vídeos que mostram caçadores caçando animais em Goiás estão sendo apurados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com informações apuradas pelo repórter Honório Jacometto, da TV Anhanguera, o serviço de fiscalização do órgão está monitorando as redes sociais e de olho em vídeos de caçadores cometendo os crimes após a Polícia Federal cumprir mandados contra suspeitos de promover turismo de caça ilegal.
A defesa de Adilson Nagib, que é um dos caçadores identificados nos vídeos, informou à TV Anhanguera na terça-feira que ficará comprovado que nenhuma infração penal foi cometida por ele. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu localizar as defesas dos investigados Victor Augusto, Leonardo Nascimento Machado, Guilherme Villela Costa e Cristiano Lopes Furtado.
Em entrevista à TV Anhanguera, o chefe técnico-ambiental do Ibama em Goiás, Jessé Rodrigo Rosa, disse que através das redes sociais descobriram a prática de caça ilegal na região do Rio Araguaia.
“Nós temos várias denúncias e várias apurações em andamento da ocorrência de crime em uma mesma fazenda, além de outras regiões de Goiás”, afirma Jessé.
Na terça-feira (28/03), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra seis pessoas por promover turismo de caça ilegal e apreendeu armas, celulares e mais de R$ 50 mil. Ao todo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Goiás, no Paraná e no Distrito Federal contra seis alvos nesta terça-feira (28/03). Dentre as seis pessoas, quatro tinham registro de Certificado de Colecionador Atirador e Caçador (CAC), no entanto, a PF suspendeu estes registros por caça ilegal de búfalos.
De acordo com apuração da TV Anhanguera, ao todo, 57 armas apreendidas estão sendo periciadas na Polícia Federal em Goiânia.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) teve acesso aos vídeos publicados nas redes sociais e procurou a Polícia Federal para denunciar o crime. Segundo a PF, os investigados matavam búfalos e publicavam as imagens das caçadas na internet como uma forma de promover o chamado “turismo de caça”.
Superintendente Substituto do Ibama em Goiás, Werikson Trigueiro explicou que a caçada destes animais é crime no Brasil.
“O búfalo não tem essa prerrogativa. Não existe legislação que autorize o abate do búfalo”, falou.
“Se você não tem autorização do órgão ambiental e não tem a caça licenciada, a caça daquela espécie naquele momento é ilícita”, completou o delegado Sandro Paes, da Polícia Federal.
Fonte: g1