Uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com a Companhia Ambiental da Polícia Militar do Acre, apreendeu, neste fim de semana, animais silvestres mortos que seriam comercializados em pequenos restaurantes nos municípios de Manoel Urbano, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, todos no interior do Acre.
Ao todo, foram vistoriados dez comércios às margens da BR-364, cinco mercados e diversas embarcações. Entre os animas apreendidos estão tatu, paca e cutia encontrados em uma pensão de um mercado público de Cruzeiro do Sul e em duas embarcações no porto do rio Japiim, em Mâncio Lima.
Dois pássaros da espécie curió, criados em cativeiro sem autorização do Ibama, também foram apreendidos.
Cerca de 20 quilos de carne foram considerados impróprios para o consumo e foram incinerados na fornalha de uma cerâmica em Cruzeiro do Sul. Os pássaros serão devolvidos à natureza.
Segundo os fiscais federais, os responsáveis foram multados e responderão a um processo administrativo no Ibama e outro criminal na justiça.
De acordo com a chefe do núcleo de fauna do Ibama, Elaine Oliveira, o objetivo é intensificar o combate ao comércio e transporte de carnes de animais silvestres que possuem alto valor comercial nos restaurantes que insistem com a clandestinidade.
“Além da comercialização precisamos combater o consumo ilegal. Embora muita gente pense o contrário, consumir carnes de animais silvestres também é um crime contra a fauna e causa muitos riscos à saúde”, ressalta.
Com informações do G1.
Nota da Redação: É necessário lembrar que todos os animais precisam de proteção legal e qualquer distinção de animais que “podem morrer” e outros que “não podem morrer” para o consumo é prejudicial ao reconhecimento pleno dos direitos animais.