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DESESPERO

Cuidadora da DogHero perde cachorra no bairro de Guarulhos, em São Paulo; tutora faz campanha para localizá-la

2 de março de 2023
5 min. de leitura
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Foto: Arquivo pessoal

Há quase dois meses, a professora Luana Siqueira, 29, tem vivido os “piores dias” de sua vida. Com viagem marcada para Fortaleza (CE), ela deixou sua cachorra na casa de uma cuidadora cadastrada na plataforma DogHero —o que ela não esperava era receber uma mensagem a caminho do aeroporto dizendo que o animal tinha fugido.

“O que era para ser uma hospedagem de quatro dias se tornou os piores 50 dias da nossa vida. É um drama não achar Kali”, disse Luana Siqueira.

Foi a primeira vez que Luana usou a plataforma. Procurada, a empresa lamentou o ocorrido e disse que colabora com as buscas (leia mais abaixo).

Segundo a educadora, a cachorra já havia ficado hospedada em um hotel especializado perto de sua casa, em Guarulhos. Em janeiro, Luana decidiu deixá-la em uma casa no Jabaquara, zona sul de São Paulo — porque ficava mais do aeroporto de Congonhas, onde ela embarcaria, e da casa de sua irmã.

Antes de fazer a reserva na plataforma, Luana conversou com a cuidadora sobre os hábitos de Kali e viu o espaço que seu animal doméstico ficaria hospedado. Ela e seu marido preferiram deixar a cachorra no local um dia antes da viagem — para ter certeza de que Kali estaria bem acomodada.

Mas Luana recebeu uma mensagem da cuidadora no WhatsApp no dia do embarque dizendo que foi jogar o lixo na rua e Kali fugiu pelo portão.

“Ela fugiu à noite e vi a mensagem às 6h. Cancelamos tudo e fomos para as ruas procurá-la. Já foram mais de 9 mil panfletos, carro de som e temos moderado uma página no Instagram com fotos da Kali”, conta Luana.

Luana conseguiu imagens de câmeras de segurança de ruas próximas ao local onde Kali estava hospedada. Nos vídeos, ela viu que a cachorrinha chegou a pular uma grade de proteção no meio da avenida Engenheiro Armando Arruda Pereira.

“São muitas possibilidades”, diz a professora sobre os bairros onde a cachorrinha pode estar. Uma das vias onde Kali foi vista em um dos vídeos, por exemplo, dá acesso para o litoral, mas também para a Grande São Paulo.

Luana também conta com cerca de 30 voluntários que se ofereceram para ajudar nas buscas. “A gente recebe dicas pelas redes sociais de cachorros que podem ser a Kali”, relata. “Se recebemos à noite ou aos fins de semana, nós vamos, mas se é durante o dia, uma das pessoas da rede de apoio sempre se dispõe a ir.”

Além do trabalho, a professora divide seu tempo com um tratamento de câncer.

“Tem sido difícil, porque ainda preciso conciliar com a quimioterapia. E a ausência de Kali ampliou até mesmo os efeitos colaterais do tratamento, como mal-estar, vômito, feridas no corpo”, disse Luana.

Em nota, a DogHero afirmou que tem implementado uma série de ações para encontrar Kali. Entre elas, a produção de panfletos, banners, contratação de carro de som, divulgação nas redes sociais e um serviço telefônico 24 horas para receber pistas (11 93801-6385 e 11 98848-7591).

“Esclarecemos também que seguindo as mais rigorosas diretrizes de nossos protocolos internos, a anfitriã responsável pela hospedagem da Kali foi bloqueada de nossa plataforma imediatamente após a notificação da fuga”, afirmou a empresa.

Fonte: UOL

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