Hotéis para animais estão se tornando populares em Maringá, principalmente nesta época do ano. Só um dos estabelecimentos deve receber pelo menos 80 animais neste revellion. A maioria, de tutores que vão passar o ano viajando. Mas há casos de animais hospedados apenas para “desestressar”.
Luiz Baldez, que tem um hotel para animais no Vale Azul, distrito de Sarandi, conta que já tem uma clientela fixa, que durante todo o ano leva os animais para descansar da agitada vida moderna. “São pessoas que moram em apartamentos ou que têm uma atividade corrida e não têm muito tempo para dar atenção aos bichos. Então trazem para a gente.”
Ele explica que, além do serviço de hotelaria e spa, alguns animais são levados para o hotel para treinamentos. “Mas não é minha especialidade. Faço treinamento apenas para adaptação e algum problema de comportamento. No mais, é hospedagem mesmo.”
Num lugar onde há piscina, esteira para caminhadas e muito espaço para correr e brincar, sempre acompanhados de perto pelos cuidadores, os animais se divertem. “Passamos o Natal com 68 cães”, conta Baldez.
Dicas
Os fogos são responsáveis por acidentes dos mais variados tipos, principalmente com cães. Os animais se assustam facilmente com o barulhos dos fogos e rojões. O pânico desorienta o animal, que tende a correr desesperado e sem destino. Muitos animais podem sofrer paradas cardiorrespiratórias, convulsões e ter diversos problemas que podem levá-los à morte.
Segundo o treinador, o segredo para manter a calma da bicharada é deixar que cada um se esconda onde e como quiser. “Cada animal tem um comportamento. Então não adianta ir contra. Se quiser se esconder, se esconde, e a gente vai acalmando cada um, até que terminem os fogos”, ensina.
Para evitar o estresse, garanta condições mínimas de segurança e evite ambientes conturbados e barulhentos. “Deixe o ambiente o mais confortável possível e não dê muita atenção ao medo”, diz Baldez. Tranquilize seu bichinho, transmitindo a sensação de que tudo está bem e sob controle.
Lembre-se de que se o seu bichinho conseguir fugir, por desespero, ele vai correr por vários e vários quilômetros.
Por causa das fugas, comuns nesta época, os treinadores orientam que se deixe o cachorro com coleira e um número de telefone de contato. Assim, se alguém encontrar o animal na rua, saberá como devolvê-lo. “Os animais surtam mesmo e, se encontram uma porta aberta, fogem. Isso é muito comum e tem que ser prevenido”, orienta Baldez.
Fonte: O Diário