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Hospital veterinário de universidade registra aumento de animais baleados no DF

9 de agosto de 2019
2 min. de leitura
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O Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB) registrou um aumento no número de animais baleados no Distrito Federal e no seu entorno. Cinco aves e um macaco foram resgatados nos últimos 30 dias após serem atingidos por projéteis de chumbo. Deles, apenas um tucano e um carcará sobreviveu.

Todos os animais, encontrados em áreas urbanas de Taguatinga, Cidade Ocidental (GO) e Valparaíso (GO), estavam com membros fraturados. “Foram dois carcarás, um papagaio-galego, um falcão quiriquiri, um tucano e um sagui-de-tufos-pretos”, explicou a médica veterinária Júlia Vieira Herter, residente em clínica e cirurgia de animais silvestres.

Foto: Arquivo Pessoal

No caso do tucano, que sobreviveu, um projétil de chumbo ficou alojado em sua cabeça. Outro sobrevivente, o carcará aguarda cirurgia para remoção de parte da asa, alvejada por um tiro. As informações são do portal Metrópoles.

“É possível encontrar esses animais em propriedades particulares, na área urbana. Não acho que alguém cace os animais para comer, então só consigo imaginar que o pretexto é diversão”, lamentou Júlia. Ela disse ainda que outros casos com indícios de caça chegaram ao hospital, mas que a instituição ainda não compilou os dados.

Em junho, moradores de Águas Claras denunciaram um caso em que patos e gansos do parque ecológico da região administrativa foram mortos. Na época, a superintendente de Unidade de Conservação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Rejane Pieratti, levantou a hipótese de que pessoas mataram os animais após pular o muro do local. Segundo ela, o caso foi pontual e seria investigado pela polícia ambiental.

A caça e a manutenção de animais silvestres em cativeiro é proibida por uma lei de 2007. Caçadores podem ser punidos com multas e processo judicial por maus-tratos.

O Hospital Veterinário da UnB pede que a população denuncie a caça de animais silvestres através da ouvidoria do governo, no número 162, ou pelo número 197, da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema).


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