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AVANÇO

Hong Kong aprova lei que proíbe o comércio de marfim

4 de janeiro de 2022
Vanessa Santos | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | PXHere

O uso de marfim remonta há 2.000 anos atrás, quando povos que habitavam a Sibéria usavam esse material para esculpir armas, ferramentas e objetos decorativos e religiosos. Em 2008, o valor do quilo de marfim era de aproximadamente US$ 6.500. Centenas de milhares de elefantes já foram mortos somente para a extração de seus valiosos chifres, contudo, conforme a sociedade vem adquirindo consciência sobre a vida animal, mais bárbaro e impiedoso esse crime parece. Hoje, as populações de elefantes na África e na Ásia, vem sofrendo grandes baixas e muitos grupos estão à beira da extinção.

Em Hong Kong, enclave considerado um dos maiores centros de contrabando desse elemento no mundo, o comércio de marfim está com os dias contados. Isso porque uma nova lei entrou em vigor a partir dessa segunda (3) e proíbe a compra e venda do material.

As medidas de inibição desse tipo de comércio começaram em 2018, e passaram por diversas alterações que visavam a diminuição gradual desse tipo de transação, recebendo duras críticas de defensores do meio ambiente.

Um estudo realizado por uma coalizão de associações ambientais em 2019, descobriu que apesar de ter um território pequeno, Hong Kong foi responsável por cerca de um quinto das apreensões globais de marfim na última década.

Foto: Deposit Photos

Antes da legislação entrar em vigor, centenas de pessoas formaram filas nas lojas especializadas nesse produto, no distrito de Sheung Wan, de acordo com a mídia local.

A lei proíbe “a importação, reexportação e posse para fins comerciais de marfim de elefante”. Os infratores podem ser punidos com multas de até HK$ 10 milhões (1,28 milhão de dólares) e dez anos de prisão.

A ex-colônia britânica é um potente centro de comércio e contrabando de espécies animais ameaçadas de extinção, como elefantes, rinocerontes e pangolins. O porto de Hong Kong concentra uma alta movimentação de produtos advindos da exploração animal.

Em 2017, uma operação feita pelas autoridades da região administrativa apreenderam mais de sete toneladas de marfim com valor estimado em mais de US$ 9 milhões, marcando a maior intervenção contra esses produtos em mais de três décadas.

A maioria dos chifres de elefantes e rinocerontes vão para moradores da China continental, já que o país chinês proibiu a compra e venda de marfim em 2018.

Em agosto do ano passado, Hong Kong aprovou uma lei que trata o tráfico de animais selvagens como crime organizado.

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