Testemunhar a cauda de uma baleia rompendo a superfície do oceano e se erguendo à distância é um espetáculo cativante. No entanto, para um grupo de homens que navegava pelo Parque Nacional Natural Utría, na Colômbia, esse momento trouxe mais horror do que beleza.
O grupo observou com o coração apertado uma baleia-jubarte sacudindo sua cauda desesperadamente, tentando se libertar de uma rede preta e pesada que a enredava. A baleia, infelizmente, não conseguia sair sozinha.
Imediatamente, os homens entraram em contato com a CODECHOCÓ, uma das autoridades ambientais que supervisionam o Pacífico Colombiano, para alertar sobre a terrível situação. Uma equipe de resgate foi mobilizada rapidamente.
“Assim que a denúncia foi recebida, a CODECHOCÓ, por meio do escritório regional do Pacífico, mobilizou uma equipe de funcionários que, em companhia da Marinha Colombiana, da Prefeitura de Bahía Solano, do Parque Nacional Natural Utría, da Guarda Costeira e de membros da comunidade, iniciou o controle e a vigilância da área onde as espécies marinhas foram avistadas pela última vez”, informou a CODECHOCÓ em seu site.
Homens de várias partes da comunidade, juntamente com as forças armadas, correram para a costa do parque nacional e procuraram a baleia por horas. Quando finalmente a localizaram em frente à praia de La Cuevita, uniram esforços para tentar desembaraçá-la sem machucá-la.
Cerca de 25 pessoas se revezaram na tentativa de libertar a baleia, seguindo procedimentos que visavam evitar ferimentos ao animal. Depois de três horas de esforço intenso e de quase perderem a esperança, um militar conseguiu agarrar a rede e puxá-la do corpo da baleia.
Todos respiraram aliviados quando a cauda da baleia finalmente caiu na água, permitindo que ela seguisse livremente em direção ao mar.
Embora o resgate tenha sido bem-sucedido, a equipe lamentou que todo o sofrimento pudesse ter sido evitado.
“É muito lamentável que o uso dessas artes de pesca, prejudiciais aos nossos recursos naturais, esteja se tornando a principal ameaça para espécies marinhas como a baleia-jubarte, golfinhos, tartarugas e tubarões-baleia, espécies que desempenham um papel importante em nossos ecossistemas”, declarou Arnold Alexander Rincón López, Diretor Geral da CODECHOCÓ, no site da instituição.
As autoridades ambientais colombianas estão utilizando essa história para educar a população sobre os perigos das redes nos oceanos, recomendando que a guarda costeira e as autoridades locais sejam alertadas imediatamente ao se deparar com um animal aquático em perigo. Elas também pedem cuidado ao tentar ajudar, para evitar ferimentos tanto no animal quanto nas pessoas envolvidas.
#EsNoticia🐳Liberamos una ballena enredada en un trasmallo que limitaba su navegabilidad en el PNN Utría, cerca de 2⃣5⃣ personas entre tripulantes @ArmadaColombia @ParquesColombia @CodechocoCar, pescadores y comunidad trabajaron mancomunadamente para proteger la vida del cetáceo. pic.twitter.com/KMQtxAplHL
— Fuerza Naval del Pacífico (@FNP_ArmadaCol) August 21, 2024